HYPÔMETRO SOMEPILLS - OS 10 MAIS OUVIDOS
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10. Beth Gibbons & Rustin' Man, "Out of season" (2002).
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Lindo álbum da espetacular vocalista do Portishead, a banda há mais tempo devedora de um novo disco [até perdi das esperanças, desde 2003 venho escrevendo isso]. Aqui, mais do que nunca, o clima invernal carrega sensibilidade e densidade. Confiram os diversos timbres que a Beth é capaz, desde Billie Holiday [Romance] até seu próprio estilo [Funny time of year].
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Arrisque: "Funny Time of Year", "Sand River".
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9. Richard Ashcroft, "Keys to the world" (2006).
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Ashcroft nunca negou a influência da música negra americana. Mais do que nunca, no seu atual trabalho há uma pegada soul, fortemente focada nos vocais. Só ouvir essa abençoada voz já, por si só, justifica o disco.
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Arrisque: "Cry 'til the morning", "Words just get in the way".
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8. Grandaddy, "The sophtware slump" (2000).
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Espetacular disco dessa banda que nunca erra. Experimentalismo moderado em melodias leves, pop espacial para ninguém botar defeito, nesse disco conceitual muito acima da média.
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Arrisque: "He's simples, he's dumb, he's a pilot", "So you'll aim towards the sky".
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7. The Raconteurs, "Broken boy soldier" (2006).
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Finalmente Jack White se apresenta com banda completa. Apesar de bem sucedido nos Stripes, montou esse projeto paralelo com Brendan Branson e mandou bala, num revival setentista competente pra cacete. Riffs bem tirados ["Steady as she goes"], baladas ["Together"] ou blues envenenados ["Blue veins"] são trunfos na mão de Jack.
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Arrisque: "Steady as she goes", "Intimate secretary".
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6. The Verve, "Urban Hymns" (1997).
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Tudo. Álbum magnânimo. Não tenho palavras para descrever a estúpida capacidade desses músicas de transgredirem os limites da sanidade. Baladas com harmonias cuidadosamente trabalhadas ["Sonnet", "The Drugs don't work", "Lucky Man"], delírios shoegazers ["Come on", "Rolling People"], rocks espetaculares ["Bittersweet", "Space and Time"], etc.
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Arrisque: "Lucky Man", "Space and time".
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5. Radiohead, "Airbag / How am I driving?" (EP/
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Precisa dizer mais? Radiohead fase Ok Computer, em um EP de 07 músicas. Da perfeição fria de "Pearly" ou "A Reminder", a guitarreira ao estilo The Bends de "Palo Alto" ao experimentalismo [ainda comportado, mas anunciando o magistral "Kid A"] de "Meeting in the aisle". Algumas tão boas, tão boas, que poderiam até integrar uma das maiores obras-primas da arte universal.
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Arrisque: "Pearly", "A Reminder".
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4. Bright Eyes, "One judge of wine, two vessels" (EP/2004)
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Esse EP, gravado junto com a banda Neva Dinova, é um achado de baladas preciosas, um folk suave e bem trabalhado. Sobretudo, melodias belíssimas. Vem me ajudando a agüentar as manhãs nos últimos três, quatro meses. Uma boa companhia de café.
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Arrisque: "I'll be your friend", "Get Back".
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3. Flaming Lips, "Yoshimi battles the pink robots" (2002).
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Os Flaming Lips, banda mais exótica do cenário rock mundial, não mais na guitarreira de "Clous taste metallic", mas sim em um pop psicodélico, com melodias esplêndidas e uma dose razoável de experimentalismo, tudo extremamente agradável. Viagem freak. LSD.
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Arrisque: "In the morning with the magicians", "Ego tripping at the gates of hell".
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2. Secret Machines, "Ten Silver Drops" (2006).
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Verve, My Bloody Valentine, Floyd, Zep, Grandaddy, etc., todos numa salada mista decorada de emoções sinceras. Guitarras, riffs, psicodelia, doença, depressão, viagem, sol, chuva, vento. Esse disco me emocionou.
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Arrisque: "Alone, jealous and stoned", "All at once (it's not important)".
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1. Mercury Rev, "The desert's songs" (1998).
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SUBLIME. Ganhou um post, tá logo ali embaixo. Sonho. Leveza. Melodia. Beleza. Loucura.
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Arrisque: "Holes", "The funny bird".
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