Mox in the Sky with Diamonds

quarta-feira, maio 24, 2006

Potência e Degerescência
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SEGUINDO O EXEMPLO do blog vizinho, do ilustre niilista político G.D., sou obrigado a adotar, ao estilo do Grande Mestre (me nego a dizer Seu Nome, é desnecessário), pequenos pedaços de saber adquiridos durante a provação infernal a que venho sendo submetido, em pequenas formas (se ligou? "pills" sempre foram pequenos aforismos).
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§ 1º
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A falta é constitutiva. Logo, até a burrice é desculpável.
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§ 2º
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Procurar a essência de uma coisa é como descascar uma cebola atrás da sua "cebolidade". No final, fica apenas a tua mão, meu velho.
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§ 3º
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Temos um coro [e não é metafísico]. Um coro que funciona como dublagem instantânea, ressonância, eco ou crítica destrutiva. Tudo depende do contexto. E atrapalha; sim, atrapalha.
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§ 4º
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Não, Habermas depois da meia noite não é uma boa idéia. Não é mesmo.
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§ 5º
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Não, não é melhor ler Maffessoli plagiando Nietzsche do que ler Nietzsche. Não é mesmo. E, ah, extraia desse silogismo as devidas conseqüências.
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§ 6º
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Mulheres que tomam muitos medicamentos psiquiátricos podem ficar tão felizes, tão felizes, que viram abostardas.
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§ 7º
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O pior do burro é que ele não percebe.
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§ 8º
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Para as gostosas nós abrimos exceção. Em tudo. Inclusive acidez.
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§ 9º
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Não, não é possível ler 600 páginas em uma semana. Não é possível. Não é possível. Não é possível. Não é possível. Não é possível.
Lavagem cerebral é apelido.
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§ 10
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Chegar em minas não deve ser algo difícil, tampouco que exija um esforço intelectual grande. Nessa hora, o esforço intelectual costuma atrapalhar, inclusive.
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§ 11
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Cesare Lombroso não morreu.
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§ 12
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Enxergar Norbert Elias, Nietzsche ou Lévinas em 88,88% das reportagens jornalísticas deve ser sintoma de algum transtorno.
Se não existe, inventamos.
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§ 13
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Trilha sonora do post: Neva Dinova, "Ahh".
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