A DIFERENÇA ENTRE O GRÊMIO E O INTER É FERNANDO CARVALHO
PRONTO. Não tenho mais nada a dizer, a rigor. Clube vitorioso começa de cima, e o Inter está melhor que o Grêmio por lá. MUITO melhor. Daí uma hegemonia que vem se consolidando para minha raiva infinita.
Alguns podem dizer: mas o Inter tem o Nilmar, o D'Alessandro, Taison e Guiñazu? É verdade. Os dois primeiros são craques que o Grêmio não tem. Jogadores muito acima do nível no Brasil. Guiñazu é fundamental, mas é um jogador que se encontra, se bem procurado. Taison vamos ver ainda quando enfrentar equipes mais fortes. De qualquer forma, eles estavam aí ano passado, e ainda Alex. O que mudou? O Inter só engrenou quando Carvalho reassumiu o futebol. Aí o grupo estabilizou, as coisas retomaram os eixos e a baderna se organizou. Alguém já viu algum jogador do Inter referir o Piffero? É sempre a Fernando Carvalho, suas brincadeiras, apostas, discursos, que eles referem. Assim que Tite, que é um bom treinador, tenha retornado à boa fase. Tite, aliás, que era injustiçado até o momento, uma vez que foi para a "geladeira" após um bom trabalho no Corinthians, quando gente como Geninho, Paulo César Gusmão, Joel Santana, Vadão, Jair Picerni e outros ficaram dançando com as cadeiras e são bem inferiores.
Mas Tite, Nilmar, D'Alessandro, Taison e outros só trabalham bem porque têm segurança que vem de cima. Isso o Grêmio não tem. André Krieger não é um dirigente ruim -- fez inclusive bom trabalho ano passado --, mas a bagunça da gestão Kroeff é muito visível. Técnico dando informação desencontrada com a Direção, dirigente assumindo que interfere na escalação do time, jogador desafiando os superiores, declarações ridículas do alto comando, "planejamento" ininteligível, falhas na organização das viagens, panfletos patéticos, demora nas contratações (do técnico e dos jogadores). Atualmente, perdemos duas semanas de treinamento e ajuste da equipe pela indecisão da Direção. Autuori é bom técnico, mas, se não pode vir, não venha. Mais um episódio desastrado.
No futebol, uma Direção desastrada destrói até bons times. O Grêmio de 2003, por exemplo, era um belíssimo time. Falhou pela falta de qualidade dos dirigentes, que foram os campeões de declarações desastradas. O contraste com o marketing do Inter esse ano -- por sinal, DUDA KROEFF era o responsável pelo marketing no centenário -- foi avassalador. Acorda Duda! Ninguém agüenta mais essa "velha guarda" afundando o Grêmio. Tenho severas restrições a Paulo Odone. Mas era um dirigente de fibra, como Carvalho, capaz de mandar o time correr sem precisar dizer em público que interfere no trabalho do treinador. Kroeff é um lenga-lenga.
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