Mox in the Sky with Diamonds

segunda-feira, janeiro 14, 2008

O DESESPERO DO TORCEDOR GREMISTA

Não há palavras para descrever o que passa na cabeça do torcedor gremista nesse momento. Como na temporada passada, os dias passam e a Direção gremista, ao contrário das outras, segue inerte ou traz jogadores totalmente desconhecidos. Sempre lembrando, não canso de dizer, que tinhamos uma equipe quase completa de 2006 para 2007: faltavam apenas dois bons laterais e um goleiro. Vimos Evaldo, Jeovânio, Hugo, Rômulo e Léo Lima [esse, justificadamente], do time titular, e jogadores importantes do grupo, Maidana, Alessandro, Rafinha e Herrera irem embora. O grupo, que já estava pronto, foi desmontado. Era início de 2007 e não vinham os reforços. O primeiro foi uma contratação-aposta, e deu certo: Diego Souza. Teco veio para o lugar de Rômulo. Veio Schiavi. Tuta e, finalmente, na última hora veio Lúcio, desacreditado do Palmeiras.
Não posso negar que Diego, Teco e Lúcio foram boas contratações. Teco, porque William é capaz de dar segurança para qualquer zagueiro ao seu lado. Lúcio, com liberdade para atacar, foi bem. E Diego deu a melhor resposta.
Mas, apesar disso, o time engrenou apenas razoavelmente. Fomos vice-campeões da Libertadores, mas era nítido que o time passava na marra, aos trancos e barrancos, com ajuda da torcida. Carlos Eduardo deu uma resposta boa. Tenho certeza, no entanto, que se tivéssemos a base de 2006, teríamos passado mais tranqüilamente pelos nossos adversários. É bom lembrar que a nossa primeira fase foi sofrível, contando com Éverton e Ramon no ataque.
O problema maior veio a seguir. No início do Brasileirão, saíram Lúcio, Schiavi, Lucas e Carlos Eduardo; Teco se lesionou. Quem trouxemos? Nova inércia. Mais uma vez a estratégia que hoje se repete: anunciamos jogadores e, no final da negociação, os perdemos para outros times, ou simplesmente se fala de um jogador que é absolutamente improvável, como já foram Gilberto, Marcelinho Paraíba, Elano, D'Alessandro, Sobis, Rivaldo e outros. Trouxemos, na última hora, Marreta, Jonas e outras posições ficaram simplesmente vagas, sem falar de fiascos como Kelly e Rodrigo Mendes. Para um campeonato que exige amplo plantel.
Como eu advertia várias vezes, Mano Menezes, que é um técnico fora-de-série, um dia iria encher o saco. Não dá para você ver os títulos na cara, prontinhos para ser pegos, e ter sua equipe despedaçada a cada temporada sem que venham as peças de reposição. Se compararmos o grupo atual -- ou do fim do ano passado -- com o de 2006, não dá para comparar.
Temos, então, a pior situação esse ano. Foi embora Mano, a chave do sucesso nos anos anteriores. Para o seu lugar, uma aposta. Saiu o resto da base que formou a espinha dorsal do time de Mano: William, Tcheco, Sandro, Gavilán [que tinha dado boa resposta], Diego Souza. Saja, que nunca foi goleiro dos meus sonhos, saiu, mas para o seu lugar ficou o mediano Marcelo Grohe e um desconhecido Victor. Teco se lesionou novamente. Temos gente desconhecida como Peter, Perea, Reinaldo, Paulo Sérgio, Danilo Rios.
Vamos esperar. Mas o panorama, até agora, é de que estamos em trajetória descendente desde 2006. O grupo está piorando desde aquela época. A cada semestre, se desidrata mais. De um Grêmio que dava água na boca de ver em 2006, pois simplesmente massacrava seus adversários com uma marcação implacável, cada vez mais se empilham jogadores fracos e limitados, e nossas pretensões baixam.
A Direção, no entanto, segue inerte. Continuamos chutando nomes altos e contratando jogadores de segunda linha. Falam que, em 2006, ninguém acreditava na equipe. Quando trouxemos Hugo, Léo Lima, Rômulo, juntamos Jeovânio e Lucas, Tcheco e conseguimos um dupla de área confiável, todos sabíamos que o time ia deslanchar. Em 2007, muita gente apostava no Diego Souza. E tinhamos William, Lucas, Tcheco. Agora, apostar em quem?

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