ESSE BLOG É A MORTE.
ESSE BLOG MORREU.
Sua carne evaporou; seu entusiasmo descarnou.
Onde existia algum resto de humano, só há pó.
Onde existia som, o silêncio.
Esperança, o desespero.
Alegria, tristeza.
Sorriso, mágoa.
Como um crucificado, seu autor expunha o sangue em praça pública.
Hoje não é mais que um punhado de sujeira.
Onde havia um coração, hoje há um buraco
onde transitam ratos e vermes
alimentando-se da mais sincera chance de expressão
daquilo que não é a mais suprema
melancolia.
Nada: nada mais que o mais puro e sublime silêncio
expressão do doloroso vazio que estampa
a mais sincera visão do fosso nu e gélido que denominamos
realidade.
Nada mais é real senão
a inóspita insolência do mais profundo pesar
a amargura infame,
doentia machadada sobre qualquer possibilidade
da vida.
Apenas a morte
interrupção de tudo, silêncio profundo
doce mergulho no finalmente feliz não-ser
sabedoria profunda, capaz de perceber
o mais oculto de todos os segredos
viver, morrer.
Mas justamente onde surge a morte
na letra que carrega consigo a ausência
marca que se subtrai à plena presença
está o trágico acontecimento
da vida.
ESSE BLOG MORREU.
Sua carne evaporou; seu entusiasmo descarnou.
Onde existia algum resto de humano, só há pó.
Onde existia som, o silêncio.
Esperança, o desespero.
Alegria, tristeza.
Sorriso, mágoa.
Como um crucificado, seu autor expunha o sangue em praça pública.
Hoje não é mais que um punhado de sujeira.
Onde havia um coração, hoje há um buraco
onde transitam ratos e vermes
alimentando-se da mais sincera chance de expressão
daquilo que não é a mais suprema
melancolia.
Nada: nada mais que o mais puro e sublime silêncio
expressão do doloroso vazio que estampa
a mais sincera visão do fosso nu e gélido que denominamos
realidade.
Nada mais é real senão
a inóspita insolência do mais profundo pesar
a amargura infame,
doentia machadada sobre qualquer possibilidade
da vida.
Apenas a morte
interrupção de tudo, silêncio profundo
doce mergulho no finalmente feliz não-ser
sabedoria profunda, capaz de perceber
o mais oculto de todos os segredos
viver, morrer.
Mas justamente onde surge a morte
na letra que carrega consigo a ausência
marca que se subtrai à plena presença
está o trágico acontecimento
da vida.
Marcadores: poétique