TUDO COM ELE
TODA RESPONSABILIDADE pela formação da equipe do Madrid agora está com Mauro Pellegrini, seu treinador. Florentino Perez cumpriu a promessa e fez um novo conjunto galáctico, contando com alguns dos melhores do mundo (só o Barça é páreo). Com as contratações de Kaká, Cristiano Ronaldo, Benzema, Raúl Albiol e Xabi Alonso, o Madrid ganha aquele toque que faltou nas temporadas passadas: a presença de jogadores que podem desequilibrar sozinhos partidas decisivas.
Já tinha percebido que com o plantel da temporada 2008/2009 era impossível competir em igualdade nos parâmetros continentais. O único jogador de exceção era Arjen Robben, e ainda assim o ponta-esquerda holandês é discutível. O que o Madrid não tinha nas temporadas anteriores -- opções de banco, jogadores jovens -- então sobrava; o que tinha antes -- grandes craques --, visivelmente faltava. E faltou.
Hoje, o Real Madrid manteve sua base e contratou grandes reforços. Kaká e Cristiano dispensam apresentação. Benzema pode ser um grande centroavante, dividindo a posição com o sempre efetivo Nistelrooy (que é uma incógnita por voltar de lesão). A suspeição de que Perez não traria volantes e zagueiros não se confirmou: contratou Xabi Alonso, excelente meio campo do Liverpool, e Albiol, zagueiro do Valencia e da seleção espanhola. A equipe que eu montaria (mas provavelmente não será assim) seria: Casillas; Ramos, Pepe, Albiol e Marcelo; Xabi Alonso e Gago; Ronaldo, Kaká e Robben; Benzema. No 4-2-3-1.
O importante, no entanto, não é tanto qual o esquema, mas a capacidade de Pellegrini de montar uma clara espinha dorsal na equipe que faça com que tenha um claro estilo de jogar, de modo a, quando houver substituições, o reserva já saiba sua posição. Com isso, a tendência é que o Madrid alcance o nível do Barcelona e lute por todos os títulos. Jogadores como Higuaín, Drenthe, Sneijder, Gago e Marcelo podem crescer bastante, já que são ainda bastante jovens. E o elenco ainda conta com os esforçados Lass, Diarra, Metzelder, entre outros, para completar. Sem falar em Guti e Raúl, cuja titularidade parece ter ficado bastante distante, mas que como jogadores de plantel podem fazer um belo serviço.
Tudo indica que, se Pellegrini acertar o alvo, teremos uma temporada em que os espanhóis retomarão a hegemonia perdida para os ingleses nas últimas temporadas.
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