ICEBERGS
Ele então nadou, nadou, nadou, e no entanto o mar se tornava cada vez mais infinito à sua frente. Apesar disso, percorrera já muitos quilômetros com um esforço inumano. Sob seus pés, uma quantidade gigantesca de metros o impediam de tocar o solo; e, no entanto, a intuição de que estava a enxergar – ou pelo menos imaginar – uma pequenina chance de salvação o motivava a nadar com mais ênfase, seguir nadando até encontrar uma saída. Ao seu redor, uma imensa escuridão fria, indiferente, completamente alheia à sua esperança.
Foi quando percebeu: o mar apenas esperava, pacientemente, a sua morte.
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