Mox in the Sky with Diamonds

segunda-feira, abril 06, 2009


CAIU ROTH, MAS NÃO É SÓ ISSO QUE IMPORTA

NÃO ME INTERESSA apenas a queda de Roth. Com ele, vai um espírito depressivo e derrotista que o impede de ganhar títulos, apesar de ser bom treinador. Seu temperamento e arrogância impedem de revisar certas situações; como Felipão, por exemplo, já faz com tranqüilidade. Com Roth, tenho certeza que não venceríamos nenhuma competição, porque o Gauchão já se encerrou [e são dois sem chegar à final] e a Libertadores não viria. A perda de Gre-Nais é muito mais importante que o Gauchão e ele não percebeu isso. Roth vai com o mesmo número de títulos importantes que venceu antes de chegar: nenhum. Mais de dez anos de carreira já deveriam tê-lo feito repensar certas atitudes que se repetem enfadonhamente.
O problema é o que vem aí. Pode ser pior. Como Roth, ao menos tinhamos organização, uma equipe-base, a garantia de que o time tinha ao menos espinha dorsal [apesar da insistência do treinador em desmanchar sua própria obra]. Com Geninho e outros ruins, podemos não ter nem isso.
E o pior não pára por aí. A coisa parece apontar mais acima: o Grêmio está parecendo sem rumo com essa direção. Sabemos que uma direção ruim é suficiente para afundar o clube. Com Obino, tínhamos excelente equipe e quase caímos no primeiro ano. No segundo, ele terminou o serviço. O efeito-Kroeff já se faz sentir.
Odone - com todas as restrições que merece - sabia administrar o clube. Era um Presidente de personalidade, fibra, responsabilidade. Kroeff só mostra indecisão e amadorismo. O clube está uma bagunça: sem hierarquia, comunicação e organização. Suas boas intenções de investir [com a contratação de bons atacantes] está sendo soterrada por uma postura confusa e perdida. As desavenças públicas com jogadores e treinador, o planejamento estranho e incompreensível, as frases ridículas e as contradições já estão se avolumando. É preciso tomar o leme já.
Já está na hora de Fábio Koff e Cacalo, os cabos eleitorais que fizeram questão de derrubar Odone, assumirem a responsabilidade pela sua decisão. No time do Beira-Lago, houve gesto semelhante e funcionou. Espero que, dessa vez, não vejamos nosso time afundar novamente como aconteceu em 2003.

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