ROTH DEVE FICAR
ESTOU BASTANTE PESSIMISTA. Confesso que estou com o pior dos presságios: acho que, dentre os 5 que disputam 4 vagas na Libertadores, o Grêmio é quem vem em declínio, e a diferença é de apenas 3 pontos. Enfim, não me façam dizer.
O que aconteceu? O declínio técnico do Grêmio começou com o jogo do Náutico, o terceiro do segundo turno. Ali, começou a restar claro que, pela liderança, o Grêmio chamava atenção e, por isso, sistemas de marcação especial começaram a aparecer, assim como exploração das vulnerabilidades da equipe. Roth constatou isso e tentou mudar. Mas encontrou um obstáculo: estava ainda na liderança, então por que mudar? O 3-5-2 estava desgastado (os alas eram fracos e Tcheco, centro técnico do meio campo, sofria marcação especial) e as soluções não se encaixaram imediatamente. Não houve tempo para "Plano B".
Resultado: chegamos ao final aos trancos e barrancos, quase sem espinha dorsal. O esquema titular não dá mais resultados. Roth não conseguiu encontrar soluções imediatas. É tarde para grandes mudanças. Preocupante.
Creio que um dos fatores para isso é que Roth não trabalha com tranqüilidade. Diante da penúria de bons treinadores no Brasil, melhor agora é dar uma nova chance ano que vem, independente do resultado, para que ele possa montar uma equipe e suas variações. Mesmo na pior das hipóteses. Assim, ele pode trabalhar tranqüilamente e organizar a equipe.
Para o ano que vem, creio que o Grêmio precisa de dois laterais e dois atacantes - e só. Acho que, indo para a Libertadores, poderíamos arriscar talvez uma contratação a mais - penso em Emerson, que está em fim de carreira. Mas, fora ele, não precisamos de meio-campistas: Rafael e Magrão são bons volantes, Souza e Tcheco devem ser titulares ano que vem (em 4-4-2) e Makelele, Orteman e Douglas Costa são boas opções. A prioridade absoluta deve ser um lateral-esquerdo e, depois, um atacante bombado e outro excelente (dos nossos cinco, ficaria com três - todos são do mesmo nível). De resto, o time está montado.
Marcadores: Football