Mox in the Sky with Diamonds

segunda-feira, setembro 01, 2008

ROBINHO: UM RIDÍCULO

MAIO DE 68 foi importante para todos nós. Vivia-se bastante mal antes das barricadas juvenis e os movimentos de direitos civis derrubarem tabus e falarem em alto e bom tom sobre pílula anticoncepcional, sexo antes do casamento, racismo, machismo e moralismo excessivo. O mal-estar com a "família tradicional", na realidade o modelo burguês que durou dois séculos, era impossível de ser digerido bem. Freud já nos alertara para esse mal-estar e mostrou que a culpa sufocava e produzia um mundo de neuróticos.
Bem, ninguém de bom senso negaria que avançamos com isso (portanto, os neocons não têm bom senso). No entanto, é fato que a nossa cultura permissiva produz crianças mimadas cada vez mais narcisistas, incapazes de assumir responsabilidade, hedonistas porque tem dentro de si apenas um tremendo vazio, que é o vazio de todos nós. Esses pequenos (ou grandes) narcisos são ainda mais ridículos quando se tornam "estrelas", amplificando todos os defeitos de sua subjetividade mal-resolvida.
Vejam o caso Robinho: saiu do Santos com a aura de craque mundial e vestiu nada menos que a camisa 10 do Real Madrid, que um dia pertenceu a Alfredo Di Stéfano e era de Figo, eleito melhor do mundo FIFA uma vez. Teve diversas oportunidades e apenas na temporada passada começou a mostrar um grande futebol, desses que fazem destacar. Machucou-se e acabou prejudicado no resto da temporada.
Robinho, no entanto, é fixado no projeto narcísico de ser o melhor do mundo. Ele já fala disso há alguns anos e, apesar do futebol apenas médio, continua afirmando somente isso. Não está focado em títulos. Surpreendemente, o Real Madrid -- maior clube de futebol do mundo, maior empresa espanhola, nove vezes campeão europeu, tradicional esquadrão de estrelas --tolerou e apostou em Robinho. Existe melhor lugar para brilhar que no clube mais importante da Europa?
No entanto, o narcisista Robinho acha que o Madrid é pouco para ele. Pede para sair ao Chelsea. Segue o caminho dos seus amigos Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, que saem queimados de todos os times que jogam. São menininhos mimados pela mídia que não assumem compromissos com os clubes. Jogam para si, choramingam e saem quando querem. Apesar do absoluto declínio técnico dos seus amigos, Robinho não aprendeu nada. Pediu para sair.
Resultado: foi para o Manchester City. Sim, meus amigos, MANCHESTER CITY. Será que é lá que ele conquistará o prêmio FIFA? Pobre Robinho, ser narcisista pode até te render bons frutos, mas a burrice não irá.

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