Mox in the Sky with Diamonds

quinta-feira, agosto 07, 2008

ROTAR É PRECISO

Para o desespero dos puristas do "futebol da libertação", que acham o futebol sul-americano superior ao europeu apesar de 75% (para mais) dos seus jogadores de nível médio para cima estarem jogando do outro lado do Oceano Atlântico, aos poucos o campeonato de pontos corridos vai adaptando as equipes brasileiras a alguns padrões europeus.
Um deles, que deve surgir logo, é o hábito de rotar. É claro que ter onze titulares é excelente para qualquer equipe, pois demonstra consistência e entrosamento. No entanto, com a longa tabela de jogos, o desgaste físico dos jogadores é inevitável e, para evitar lesões, o melhor é rotar. Nesse caso, trocar até três jogadores por partida pode ter pelo menos quatro efeitos positivos: a) evita contusões; b) permite a recuperação física do jogador; c) dá moral aos reservas; e d) permite testar variações de jogo. Em 2006, por exemplo, a presença de Rafinha, Ramon e Herrera no banco dava boas opções ao técnico Mano Menezes, que usava seus recursos quando o jogo apertava.
Roth já admitiu que irá rotar. Ótimo. Está muito certo. Como o próprio treinador vem advertindo, o Grêmio vem jogando "no limite", ou seja, com os jogadores marcando o campo inteiro e batalhando cada bola (como, aliás, se deve jogar). Isso causa desgaste físico. A fraca atuação de Tcheco ontem não deve ter outra explicação. Utilizar bons reservas como Reinaldo, Souza, Orteman, Felipe, Makelele e Soares é bastante positivo. O importante é manter a espinha dorsal do time e calmamente ir dando o descanso necessário. O campeonato é longo e, se temos recursos, devemos usá-los.

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