Mox in the Sky with Diamonds

domingo, agosto 31, 2008



BRAZIL ("BRAZIL" / TERRY GILLIAM / 1985)
Terry Gilliam, um dos comediantes do genial Monty Python, dirigiu esse belo filme que combina Kafka e Orwell, desenhando uma sociedade estilo "Big Brother" ("1984") com ênfase totalmente burocrática. Absurdos atentados terroristas constratam com uma genial antecipação da explosão do consumo e especialmente da indústria da cirurgia plástica, fato plenamente constatável na contemporaneidade.




PRA FRENTE BRASIL (ROBERTO FARIAS / 1983)
Filme brasileiro que traz bem a realidade dos anos de chumbo: combinação da felicidade da Copa do Mundo e a repressão política. Um cidadão qualquer pega carona no carro de um guerrilheiro que, por acaso, estava sentado ao seu lado do avião. No trajeto, uma milícia finaciada pela elite para combate aos "subversivos" acaba assassinando o caroneiro e após tortura o personagem buscando a "verdade". Como não há "verdade" alguma, segue ele até sua morte. Belo filme para mostrar os porões da Ditadura Militar, a repressão financiada pela elite brasileira e a ineficiência absoluta da tortura.




OS PÁSSAROS ("THE BIRDS" / ALFRED HITCHCOCK / 1963)
Filme enigmático de Hitchcock que contraste com o fantástico "Psicose" por seguir uma linha completamente distinta: aqui, em meio ao romance entre Mitch e Lydia e os duelos psicológicos com a mãe daquele, pássaros começam, absurdamete, a atacar os humanos. Os planos são bastante antiquados hoje em dia, mas, segundo os críticos, eram vanguarda à época de Hitchcock. O filme se enquadra na linhagem do absurdo, sendo por isso extremamente interessante. Mais uma obra-prima de Hitchcock.




O QUARTO-PODER ("MAD CITY" / COSTA-GAVRAS / 1997)
Quais são os limites da atividade jornalística? O jornalista tem limites éticos ou pode cruzá-los a qualquer momento? O jornalista tem consciência que muitas vezes pode abrir a caixa de Pandora?
"O Quarto Poder" é, sobretudo, mais do que um filme crítico à mídia, um filme de ética jornalística, demonstrando que a objetivação e instrumentalização do Outro serve a fins espúrios que não se justificam jamais. Mais uma grande obra do mestre Costa-Gavras, seguramente um dos meus diretores favoritos, perdendo apenas para o genial Stanley Kubrick e estando no mesmo nível de outros como Lynch ou Lars von Trier.



A ESTRADA PERDIDA ("LOST HIGHWAY" / LYNCH / 1997)
Nesses tempos em que David Lynch vem a Porto Alegre para falar de porcarias new age é sempre bom ver seus grandes filmes, recheados de perfeição estética no delírio onírico, nas dúvidas imensas e nas tramas penetrantes.
No mais, a tentação de sempre: digitar no Google: "estrada perdida explicação".

Marcadores: