SELEÇÃO DA EUROCOPA
IKER CASSILAS (ESPANHA/REAL MADRID) - O goleiro do Real Madrid mostrou, com performances seguras e regulares ao longo de toda competição, que está no clube dos grandes goleiros mundiais.
Já vou avisando que a seleção tem grave defeito: não acompanhei bem os times da Rússia e da Turquia, que acabaram nas semi-finais. Mas, apesar disso, vamos lá:
GOLEIRO:
IKER CASSILAS (ESPANHA/REAL MADRID) - O goleiro do Real Madrid mostrou, com performances seguras e regulares ao longo de toda competição, que está no clube dos grandes goleiros mundiais.
LATERAL-DIREITO:
BOSINGWA (PORTUGAL) - Nessa posição carente de grandes valores mundiais (e considerando que Ramos, salvo a final, não fez boas partidas), o português arisco foi quem mais apoiou e marcou, compensando seu nível técnico mediano com muita fibra e esforço.
ZAGUEIROS:
MARCHENA (ESPANHA/VALENCIA) - O zagueiro do Valencia, inicialmente objeto de dúvidas sobre sua escalação, foi uma muralha ao longo de toda Eurocopa, indo bem no jogo aéreo e por baixo.
? - A UEFA colocou Pepe entre os melhores. Jamais. O português foi uma barata tonta na grande área de Portugal. Ricardo Carvalho também não fez grandes partidas. Os italianos, por incrível que pareça, jogaram mal. Os franceses idem. Rússia e Turquia não consegui ver bem, e os alemães também não têm zaga segura, é excessivamente lenta. Puyol é limitado. Moral da história: nenhum outro grande zagueiro foi visto na competição.
LATERAL-ESQUERDO:
GIOVANNI VAN BRONCKHORST (HOLANDA/PSV) - O lateral ex-Barcelona decidiu praticamente todos os jogos da primeira fase, surpreendendo em avanços que redundaram contra-ataques mortíferos, com muita velocidade, toques rápidos e precisos e boas assistências.
MEIO-CAMPO:
MARCUS SENNA (ESPANHA/VILLAREAL) - Contestado até por mim, que preferia Xabi Alonso, Senna foi a peça-chave do time de Aragonés, marcando feito um leão e preenchendo todos os espaços à frente da área, como um verdadeiro leão-de-chácara que deixava seus companheiros avançarem livremente. A seu favor contou também um bom passe de saída de bola.
XAVI (ESPANHA/BARCELONA) - Eleito o melhor jogador da Eurocopa, apesar de não ser um craque, Xavi é um jogador que se destaca pela sua completude: marca, passa, chuta e até cabeceia, apesar de baixo. Foi o grande armador do time espanhol, lembrando aqueles antigos camisa 8 que dosavam a velocidade do ataque, faziam a bola girar e deixavam os companheiros na cara do gol.
SNEIJDER (HOLANDA/REAL MADRID) - Representante da sensação holandesa na primeira fase, Sneijder jogou com segurança, abusando do seu chute preciso de longa distância, distribuindo bem o jogo e servindo de "atalho" a muitos contra-ataques velozes imprimidos pela Laranja Mecânica.
BALLACK (ALEMANHA/CHELSEA) - Esteve, palmo-a-palmo com Schweinsteger, na linha de frente do meio-campo alemão. Alto, forte e de largas passadas, Ballack agrega muita raça com um bom chute de fora da área, cabeceia bem e sabe de livrar do marcador com o corpo. Um jogador ocupador de espaços e muito útil no meio campo, que certamente gera dor-de-cabeça dos técnicos adversários na marcação.
ATACANTES:
PODOLSKI (ALEMANHA/BAYERN DE MUNIQUE) - Impressionou a subida de rendimento do alemão ao longo da competição, utilizando seu recurso de chutes fortes e boa colocação no rebote da área para decidir as partidas. Jogou o que não vem jogando no Bayern há duas temporadas.
FERNANDO TORRES (ESPANHA/LIVERPOOL) - Disputa palmo-a-palmo com seu parceiro Villa essa posição, mas o elegi por ter sido um verdadeiro leão durante a partida final, congregando todas as suas características: arranque, ultrapassagem, chute, cabeceio, insistência e raça.
TÉCNICO: GUUS HIDDINK (RÚSSIA) - Impressionante sua capacidade de fazer boas campanhas até mesmo com equipes improváveis, sempre caracterizadas pelo bom futebol, toque de bola, ofensividade e superação dos seus limites. Depois da Coréia do Sul, Hiddink quase fez um milagre pela Rússia.
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