Mox in the Sky with Diamonds

quinta-feira, julho 31, 2008

BATENDO RECORDES

A vitória de Yeda Crusius para Governadora do Estado foi um episódio tragicômico. Embalada por um erro de cálculo dos anti-petistas, que queriam tirar Olívio Dutra do segundo turno e acabaram deixando de fora Germano Rigotto, Yeda acabou escolhida como espécie de fatalidade. Não era muito difícil perceber nos seus traços personalidade arrogante, autoritária e até histriônica. Apelidei o episódio de "morte da política" no RS, pois a bandeira do "anti" engoliu toda política a ponto de neutralizar o próprio candidato favorito dos "anti", Rigotto. Mesmo sendo um candidato sem sal, era mais palatável do que a pedregosa Yeda.
Achei que jamais um Governo superaria a inabilidade política do PT na era Olívio. Apesar de alguns pontos positivos, aquele Governo foi um absoluto desastre nas relações políticos, tendo se enterrado sob diagnósticos xiitas e adotado uma estratégia ineficaz de democracia direta que não conseguiu tocar para frente nenhum projeto, deixando apenas bravatas de herança. Prova disso é que o próprio PT reconheceu e colocou Tarso para concorrer, já que Olívio e sua turma fizeram o anti-petismo inflar ao extremo.
Surpresa! Yeda, apesar da base favorável, é um absoluto desastre político. Não consegue sequer esconder seu temperamento insuportável e vai demitindo, um a um, seus secretários. Não tem base política. Com dois anos de Governo, já passou por pelo menos duas crises e vive na "transição". Não responde ao questionamentos que lhe são impostos, fala cifradamente e visivelmente não consegue conservar o mínimo ambiente de trabalho. É como se aquele teu vizinho insuportável e autoritário assumisse como síndico do prédio e, em dois meses, tivesse brigado com todos os condôminos. Yeda é totalmente incapaz do diálogo.
O último foi o reverendo Mallmann, nosso ex-representante dos quakers. Demissão descarada e vergonhosa, pois devida a ausência de aviso da operação da Polícia Federal que sugou metade do seu governo. Mallmann, nesse caso, teve a conduta eticamente desejável. No seu lugar, coloca um general Goularte e confirma sua postura autoritária em segurança pública, que lembra cada vez mais o regime de 64. Uma lástima.

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