HOMEM DE FERRO [IRON MAN, 2008, JOHN FAVREU]
Não chegando ao nível das melhores adaptações da Marvel [Sin City, Homem-Aranha, X-Men], mas também não estando entre os piores [Quarteto Fantástico, Demolidor], o filme fica nesse limbo: é divertido, mas não consegue transcender a diversão. Downey Jr. é convincente no papel de Tony Starkey, Patrow vai razoavelmente bem, enfim... Falta um pouco de sal, embora bem feitinho o filme, o que talvez seja culpa da falta de sal do próprio personagem.
O SONHO DE CASSANDRA [CASSANDRA'S DREAM, 2008, WOODY ALLEN]
Mais uma variação de Woody Allen sobre o tema do "Crime e Castigo", obra magistral de Dostoievsky. [Spoiler: não leia] Impossível falar do filme sem se atentar ao final: como em "Match Point", fica clara a influência de Kierkegaard e de toda filosofia existencialista em torno do tema da decisão, do instante que rompe a continuidade inócua da vida e muda todo seu rumo. A diferença é que "Match Point" é uma visão "pós-moderna" e cínica do tema, bastante niilista e hedonista, enquanto que O Sonho de Cassandra traz o mesmo tema olhado sobre o ângulo trágico e fatal. Bem inferior ao co-irmão, mas ainda assim vale a pena.
Mais uma variação de Woody Allen sobre o tema do "Crime e Castigo", obra magistral de Dostoievsky. [Spoiler: não leia] Impossível falar do filme sem se atentar ao final: como em "Match Point", fica clara a influência de Kierkegaard e de toda filosofia existencialista em torno do tema da decisão, do instante que rompe a continuidade inócua da vida e muda todo seu rumo. A diferença é que "Match Point" é uma visão "pós-moderna" e cínica do tema, bastante niilista e hedonista, enquanto que O Sonho de Cassandra traz o mesmo tema olhado sobre o ângulo trágico e fatal. Bem inferior ao co-irmão, mas ainda assim vale a pena.
A ERA DA INOCÊNCIA [L'ÂGE DE TÉNÈBRES, 2008, DENYS ARCAND]
Deliciosa terceira película que compõe a trilogia de Denis Arcand que começa em "O Declínio do Império Americano" e passa por "Invasões Bárbaras" [ainda o melhor dos três], "A Era da Inocência" [título horrível que substitui "A Idade das Trevas" no original] é uma crítica mordaz à sociedade contemporânea, especialmente na sua ansiedade pela velocidade, no seu vazio existencial, no fanatismo tecnológico e indiferença geral. É o menos intelectual de toda trilogia. Lembra, em alguns aspectos, o filme "Beleza Americana", por uma formação doentia de família, mas prefere uma crítica mais abrangente da sociedade em detrimento de uma visão mais aprofundada dos personagens. Crítica, em todo caso, absolutamente pertinente.
Deliciosa terceira película que compõe a trilogia de Denis Arcand que começa em "O Declínio do Império Americano" e passa por "Invasões Bárbaras" [ainda o melhor dos três], "A Era da Inocência" [título horrível que substitui "A Idade das Trevas" no original] é uma crítica mordaz à sociedade contemporânea, especialmente na sua ansiedade pela velocidade, no seu vazio existencial, no fanatismo tecnológico e indiferença geral. É o menos intelectual de toda trilogia. Lembra, em alguns aspectos, o filme "Beleza Americana", por uma formação doentia de família, mas prefere uma crítica mais abrangente da sociedade em detrimento de uma visão mais aprofundada dos personagens. Crítica, em todo caso, absolutamente pertinente.
Belo filme, o melhor dos três em cartaz.
Marcadores: Películas