Mox in the Sky with Diamonds

terça-feira, fevereiro 12, 2008

O GRÊMIO COM ROGER

Não sofro de "ofensivite", doença própria de jornalistas com mais de 50 anos, mas Wianey Carlet às vezes me deixa cansado dos seus comentários pelo excessivo defensivismo. Vejam as seguintes duas passagens do blog dele:

O GRÊMIO CONSEGUIRÁ SE ADAPTAR AO ESTILO CADENCIADO DE ROGER E A SUA VOCAÇÃO PARA JOGAR, APENAS, COM A BOLA NO PÉ?
Vagner Mancini terá que demonstrar virtudes de um engenheiro tático para não privar o Grêmio da sua principal e tão apreciada característica, a competitividade, e ainda desfrutar a excelência técnica de Roger.
Por suas corretas assistências, Roger centralizará a passagem da bola para o ataque, é a sua vocação. No que diz respeito as tarefas operárias de marcação, será capaz de, no máximo, cercar um dos volantes adversários. Como fará Mancini para que o seu time não seja envolvido e dominado no meio-campo, setor crucial de qualquer equipe?
Sábado, contra o fraco Novo Hamburgo, o treinador escalou três volantes atrás de Roger: Eduardo Costa, Willian Magrão e Adilson. Mesmo assim, quando o Novo Hamburgo modificou o seu esquema tático, povoando o meio com cinco jogadores, o Grêmio perdeu o controle do setor.
Aparentemente, só existe uma saída: acrescentar mais um meio-campista e jogar com Perea, apenas, de atacante. Roger seria, então, o segundo atacante, mais recuado. Esta providência se tornará mais necessária quando a competição for mais exigente. Por enquanto, no Gauchão, é possível jogar com dois atacantes.

Não concordo. Wanderley Luxemburgo já foi campeão inúmeras vezes jogando com um losango no meio-campo e um meia absolutamente livre, aproximando-se dos dois atacantes. Destaco no Cruzeiro, em 2003, que jogava com três volantes e Alex logo à frente, totalmente livre para passar a bola a Aristizabal e Deivid. O Grêmio poderia jogar perfeitamente com Eduardo Costa, William, Adilson e Roger, logo à frente, com dois atacantes.


Foi divulgado ontem, ainda sem confirmação oficial, que Hidalgo substituirá Adilson no próximo jogo do Grêmio.
Presume-se, então, que Vagner Mancini queira testar uma mudança de esquema tático, adotando o 3-5-2. Mas com Anderson Pico e Paulo Sérgio nas laterais? Na hipótese de que esta seja a única mudança na escalação, o Grêmio jogaria com Victor; Pereira, Leo e Hidalgo; Paulo Sérgio, Eduardo Costa, Willian Magrão, Roger e Anderson Pico; Tadeu e André Luiz.
Bem, não cabe aplaudir ou reprovar esta proposta antes de ela ser experimentada. Mas, acho que é válido achar que não dará certo. Com esta formação, Eduardo Costa e Willian Magrão tendem a se exaurir correndo para marcar o adversário, ainda que Anderson Pico saiba se movimentar "por dentro", isto é, pelo meio.
O Grêmio estaria povoando o seu setor defensivo e esvaziando o meio-campo. Conseqüência: o ataque poderá ficar apartado do restante do time e o adversário teria espaços para avançar sobre o sistema defensivo gremista. Reitero que convém esperar para, confirmando-se a informação, ver como Vagner Mancini posicionará o seu time. Porém, é sempre preferível lotar o meio-campo e deixar o adversário longe da própria área defensiva.
Na teoria, é grande a chance de dar errado.

Também não concordo. É bom experimentar o 3-5-2, especialmente para ressaltar as qualidades do Pico e soltar o Roger. Mas o esquema depende fundamentalmente do segundo volante, que deve ter muita movimentação, como foram Tinga, Kleberson e outros.

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