Mox in the Sky with Diamonds

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

DESINTERESSE

Até eu mesmo estou estranhando meu desinteresse pelos lançamentos desse ano. Já ouvi algumas vezes o novo da Cat Power, mas seu repertório de covers [incluindo uma versão bacana de "New York, New York"] é bem inferior aos dois últimos álbuns de composições próprias, "The Greatest" (2006) e o meu querido "You are Free" (2003), que entra entre os melhores da década feito por calcinhas, junto com "Carbon Glacier" (2004), da Laura Veirs, e "White Chalk", fenomenal lançamento do ano passado da PJ Harvey.
Mas aí você vê as outras opções. Tem um tal de Vampire Weekend, que mistura post-punk com África. Não, obrigado, eu nem gosto de Talking Heads. The Raveonettes não sabia que era vazado, até achava que era do ano passado. O álbum é bom, mas absolutamente mais do mesmo. Parece um "Chain Gang of Love" (2003) versão 2.
Tem o novo do Destroyer, que andam elogiando. O cara -- que integra também a banda de powerpop canadense The New Pornographers -- já não me convenceu no seu aclamado álbum anterior. Então, está pegando uma má vontade. British Sea Power, outra com lançamento, é uma banda que considero xarope. Não consegui gostar de uma musicazinha sequer. E tem o Elbow. Pessoas, tem coisa mais chata que o Elbow? É uma banda do tiozões que parece um Coldplay tocando rock progressivo. Já falei mal deles aqui e aqui.
Resta alguma coisa? Sim, baixei o novo das Breeders. Mas só ouvi uma vez, e meio destraído, então fico devendo um conceito mínimo. Como tem pesos pesados que prometeram discos esse ano -- dentre os quais os gigantes My Bloody Valentine e Portishead -- vamos aguardar. Sem falar na disputa que ocorrerá entre Franz Ferdinand e Arctic Monkeys, que será pelo título de melhor banda Libertines-generation britânica.
Até lá, sigo ouvindo coisas mais antigas, que vão desde Bob Dylan [especialmente "Highway 61 Revisited" (1965) e "Desire" (1976)] até Built to Spill, Pavement e Spoon.

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