Mox in the Sky with Diamonds

segunda-feira, agosto 25, 2008

DISCOS PELA METADE

SE AINDA OUVÍSSEMOS VINIL, seria interessante fazer um levantamento dos melhores discos de um lado só no rock pós-2000. Me lembro pelo menos de alguns nos últimos anos: 2003 teve o Killers com "Hot Fuss", com uma esplêndida entrada de cinco poderosos singles ("Jenny was a friend of mine", "Mr. Brightside", "Smile like you mean it", "Somebody told me" e "All these thing that I've done") seguida de momentos menos memoráveis (embora não exatamente ruins, p. ex., "Believe me Natalie" ou "Everything's gonna be alright").
2004 foi o ano de "Silent Alarm", que inicia transbordando energia em riffs crus de guitarras e melodias dançantes do Bloc Party, mas termina na maior brochada da década, com modorrentos temas que parecem apenas um Interpol ruim. O Lado A, com canções poderosas como "Like eating glass", "Helicopter", "She's hearing voices" e "Banquet" é pra matar. O Lado B, ruim de doer, para esquecer.
Em 2005 quem chegou mais perto disso foram os Editors com a estréia "The Back Room". Chupando Echo and the Bunnyman mais explicitamente que o Interpol, tem bons singles ("Lights", "Munique"), mas o lado B despenca. "Open your arms" é exceção. Na real, esse disco é meio fraquinho, embora tenha sido o melhor britânico neo-pós-punk.
Em 2006 foram os Strokes: "First impressions of the Earth" tem um Lado A com 5 rocks que poderiam ser os 5 melhores da década: "Razorblade", "Heart in a cage", "On the other side", "Juicebox" e "You only live once". O Lado B, no entanto, não tem a mínima inspiração. É completamente passável.
Do ano passado, 2007, temos "Wincing the night away", o disco do The Shins: com pelo menos três canções pops das melhores da década, "Sleeping sessions", "Australia" e "Phanton Limb" eram primores. Desabava, no entanto, na sua segunda parte, cansando o ouvinte de tanta enrolação.
Qual será o disco mono-lado desse ano?

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