Passeio pelos segundos álbuns
2006 foi o ano em que as bandas do "novo rock" passaram pelo teste do segundo disco. A maioria dos estreantes que ganharam popularidade nos idos de 2002-2004 esperou até agora para lançar seu segundo álbum. Vamos dar um passeio por alguns deles.
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Yeah Yeah Yeahs, "Show your bones" --- Ninguém me convenceu desse disco, e olha que 1) um monte de gente elogiou; 2) eu gostava do primeiro. Karen O deixou de lado seu art-punk troglodita e investiu em canções mais melódicas, com ecos que passam de Breeders até as trilhas do Morriconi, como brincaram em uma comunidade do Orkut [Gordurama].
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Keane, "Under the iron sea" --- Cruz credo. Disco terrível esse. O Keane deixou de lado os bundas-moles do Travis, mas não deixou de ser mela-cueca. Agora a banda investe em um proto-U2 que dá nos nervos. Letras pífias e melodias pobres. Vai ser bundão assim na pqp.
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Kasabian, "Empire" --- Outro fracasso. A banda continua com sua influência madchesteriana, tipo Happy Mondays e Stone Roses, mas as canções não convencem, são previsíveis e entediantes. Leia-se: chatas.
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Secret Machines, "Ten Silver Drops" --- Estupendo segundo álbum de uma banda, infelizmente, pouco valorizada. A combinação do rock progressivo, dream pop e doses de psicodelia continua, e temos belíssimas canções como "Alone, Jealous and Stoned" e "1000...". Entretanto, ganhamos o acréscimo de riffs para entoar rock de arena, especialmente em "Lightning blue eyes" ou "All at once (it's not important)".
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The Stills, "Without feathers" --- Sinceramente, não entendi esse disco. A banda deu um giro de 180 graus, virando de cabeça pra baixo. Cadê os riffs, a melancolia? Fico com "Logic will break your heart", certo.
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Jet, "Shine on" --- O Jet assumiu de vez que seu cérebro se dissolveu na cocaína. A banda não consegue compor mais nada que não seja "yeah", "cool", "rock'n'roll", "oh, yeah". Tem uns vernizes de Beatles e Oasis e aquelas baladinhas a la "Look what you've done", mas bem que eles podiam ter continuado com sua agradável combinação Strokes + AC/DC e já era bastante. .
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The Killers, "Sam's town" --- O álbum tinha descido mal na primeira ouvida, mas vai crescendo bastante. O fato do Killers é que eles conseguem me fazrer gostar de tudo que odeio: synth-pop, Queen, Bruce Springsteen. É que eles requentam isso num caldeirão de POWER pop, e por esse power entenda tudo aquilo que veio depois do Nirvana. É esse pequeno detalhe que me faz gostar do som deles, por não ser tão bundão quanto os oitentistas. Ouçam "When you're young" e "For reasons unknown" e entendam.
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The Rapture, "Pieces of the people we love" --- "Echoes" foi o melhor álbum para dançar dos anos 2000. Mas tinha também um toque garageiro infernal, de uma tosquice que fez combinarem os termos dance + punk. Em "Pieces", ficou apenas a primeira parte. A banda investiu no seu lado funk e fez um belo álbum para pistas. E nada mais.
Sintetizando: Os melhores segundos discos continuam sendo "Room on Fire", dos Strokes, e "You could have it so much better", do Franz Ferdinand, sem incluir o Secret Machines nessa leva, já que o tipo de som é totalmente distinto.
Outras bandas, como Razorlight e The Zutons, também mandaram seus segundos, mas esses eu não me pilhei de ouvir, já que sequer gostei dos primeiros.
2006 foi o ano em que as bandas do "novo rock" passaram pelo teste do segundo disco. A maioria dos estreantes que ganharam popularidade nos idos de 2002-2004 esperou até agora para lançar seu segundo álbum. Vamos dar um passeio por alguns deles.
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Yeah Yeah Yeahs, "Show your bones" --- Ninguém me convenceu desse disco, e olha que 1) um monte de gente elogiou; 2) eu gostava do primeiro. Karen O deixou de lado seu art-punk troglodita e investiu em canções mais melódicas, com ecos que passam de Breeders até as trilhas do Morriconi, como brincaram em uma comunidade do Orkut [Gordurama].
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Keane, "Under the iron sea" --- Cruz credo. Disco terrível esse. O Keane deixou de lado os bundas-moles do Travis, mas não deixou de ser mela-cueca. Agora a banda investe em um proto-U2 que dá nos nervos. Letras pífias e melodias pobres. Vai ser bundão assim na pqp.
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Kasabian, "Empire" --- Outro fracasso. A banda continua com sua influência madchesteriana, tipo Happy Mondays e Stone Roses, mas as canções não convencem, são previsíveis e entediantes. Leia-se: chatas.
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Secret Machines, "Ten Silver Drops" --- Estupendo segundo álbum de uma banda, infelizmente, pouco valorizada. A combinação do rock progressivo, dream pop e doses de psicodelia continua, e temos belíssimas canções como "Alone, Jealous and Stoned" e "1000...". Entretanto, ganhamos o acréscimo de riffs para entoar rock de arena, especialmente em "Lightning blue eyes" ou "All at once (it's not important)".
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The Stills, "Without feathers" --- Sinceramente, não entendi esse disco. A banda deu um giro de 180 graus, virando de cabeça pra baixo. Cadê os riffs, a melancolia? Fico com "Logic will break your heart", certo.
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Jet, "Shine on" --- O Jet assumiu de vez que seu cérebro se dissolveu na cocaína. A banda não consegue compor mais nada que não seja "yeah", "cool", "rock'n'roll", "oh, yeah". Tem uns vernizes de Beatles e Oasis e aquelas baladinhas a la "Look what you've done", mas bem que eles podiam ter continuado com sua agradável combinação Strokes + AC/DC e já era bastante. .
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The Killers, "Sam's town" --- O álbum tinha descido mal na primeira ouvida, mas vai crescendo bastante. O fato do Killers é que eles conseguem me fazrer gostar de tudo que odeio: synth-pop, Queen, Bruce Springsteen. É que eles requentam isso num caldeirão de POWER pop, e por esse power entenda tudo aquilo que veio depois do Nirvana. É esse pequeno detalhe que me faz gostar do som deles, por não ser tão bundão quanto os oitentistas. Ouçam "When you're young" e "For reasons unknown" e entendam.
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The Rapture, "Pieces of the people we love" --- "Echoes" foi o melhor álbum para dançar dos anos 2000. Mas tinha também um toque garageiro infernal, de uma tosquice que fez combinarem os termos dance + punk. Em "Pieces", ficou apenas a primeira parte. A banda investiu no seu lado funk e fez um belo álbum para pistas. E nada mais.
Sintetizando: Os melhores segundos discos continuam sendo "Room on Fire", dos Strokes, e "You could have it so much better", do Franz Ferdinand, sem incluir o Secret Machines nessa leva, já que o tipo de som é totalmente distinto.
Outras bandas, como Razorlight e The Zutons, também mandaram seus segundos, mas esses eu não me pilhei de ouvir, já que sequer gostei dos primeiros.