Seria....
Seria necessário que as palavras tivessem mais força.
Que recolocassem os corpos, que transcendessem o sentido. Seria necessário uma palavra verdadeiramente explosiva.
Seria preciso que cada pequeno movimento no texto, cada brecha de modificação, destruísse a unidade do texto, profundamente enraizado enquanto corporalidade.
Seria desejável que também fluísse sangue no interior das palavras, que elas fossem sustentadas por ossos.
Seria imperativo que o vocabulário fosse mais que uma contingência; ele precisaria existir, enquanto Outro. Sem transparência; repleto de gordura, massa encefálica e coração.
Mas, como nada disso é verdade, fico com o silêncio, que é mais sábio e antigo.