Uma pequena (e última resposta)
Seria uma bobagem desperdiçar a melhor geração de jogadores brasileiros desde 1982 com esquemas defensivos, ainda mais considerando que a seleção tem dois títulos a mais que as outras. Nesse caso, melhor seria dar show e arriscar. Perdendo, tudo bem, continuamos com gordura.
Com Juninho, Kaká, Robinho, Ronaldo e Ronaldinho, duvido que algum time vencesse o Brasil, se estivesse bem organizado.
Vocês já viram o Barcelona jogar? Claro, né? Bom, é tudo questão de ímpeto. A rigor, só há um grande marcador no meio do Barça (Van Bommel ou Edmílson). Os demais são Xavi -- que equivale, em estilo e passe, a Juninho --, Deco, que marca um pouco mais que Kaká, mas não pode ser chamado de marcador, e, daí pra frente, atacantes que voltam. Robinho e Ronaldinho poderiam fazer tranqüilamente essa função.
Com ímpeto, raça e pressão, o Brasil encantaria e seria difícil de segurar. O Barça, hoje em dia, é um time quase imbatível, os times que o vencem passam por um sufoco tremendo os 90 minutos.
O único detalhe seria Ronaldo. Eu, se fosse o técnico da seleção, teria viajado a Madrid um dois meses antes do início da Copa e dito: ou tu chega com 85 kilos, ou não te convoco. Dieta, meu, e menos festa. Depois da Copa, se tu marcar gols, pode se aposentador e beber todas.
Esse novo 4-3-3, utilizado por Chelsea e Barça, na verdade é uma variação mais ofensiva do 4-2-3-1 utilizado por Felipão e outros. Os dois pontas, conquanto ofensivos, voltam, pelo menos 1, para compor o meio campo.
Perder, poderia até perder, mas pelo menos veríamos o Brasil jogar muito.