Mox in the Sky with Diamonds

segunda-feira, julho 03, 2006

DEZ ERROS DE PARREIRA

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1. Admitir que o Brasil era "o" favorito.

2. Nomear-se "gestor de talentos" e ser um molenga.

3. Recuar demasiadamente Emerson, transformando-o em espécie de terceiro zagueiro.

4. Continuar com Cafú e Roberto Carlos. Deixar de se impor quando nitidamente era o interesse INDIVIDUAL desses atletas a única preocupação.

5. Não convocar Júnior ou Serginho.

6. Investir em um esquema tático que tinha um buraco no meio campo, fazendo com que o peso-pesado Adriano tivesse que recuar até o meio campo e, por óbvio, fosse vexame.

7. Acreditar que Adriano era da mesma categoria que Ronaldo, obrigando o time a jogar com dois centroavantes, devido a uma temporada brilhante do "Imperador" que, no entanto, não se repetiu.

8. Não treinar marcação por pressão. Nunca decidiu se jogávamos no ataque com toque de bola permanente, ou no contra-ataque veloz. Com isso, ficamos sem as três opções.

9. Não treinar formações alternativas.

10. Recuar Ronaldinho Gaúcho.

Nenhum time jamais ganhou um torneio se intitulando "o" favorito. Prepotência e arrogância não combina com vitória em Copa do Mundo, que sempre é obtida mediante sangue e suor.

O fracasso do Brasil foi o fracasso do óbvio. Nunca vi um time ganhar com a empáfia que tinha a nossa equipe.

Por outro lado, futebol bonito e ofensivo também pode ser vencedor. Barcelona e Real Madrid são provas disso. O segundo, embora tenha fracassado nas últimas temporadas, sempre conquistou títulos (e é o time mais vencedor de todos os tempos, em números) com futebol ofensivo e bonito. O Barça papou a Champions, esse ano, com uma ultra-ofensiva formação com três atacantes.

Aliás, meu time do Brasil sempre foi: Dida, Cicinho, Juan, Luisão e Serginho; Emerson, Juninho Pernambucano e Kaká; Robinho, Ronaldo e Ronaldinho. Marcando pressão (ou avançada) os 90 minutos. Com Alex e Adriano como opções fundamentais no banco. Para recompor o meio, Gilberto Silva, saindo Robinho. Lúcio me surpreendeu, admito.

Com esses jogadores, o Brasil poderia ter adotado um esquema kamikase e, pelo menos, repetido 82. O que não dava era pra sair assim da Copa: sem ter jogado nada, e ainda por cima perdido. Com os melhores do mundo.


Trilha sonora do post: Wolfmother, "Colossal".