Desconstruindo - eu, tu e ele(a)
Um ano novo que entra.
Não importa. Na verdade, tudo apenas se repete, mesmo que precise se destruir e reconstruir constantemente, como o rio de Heráclito.
Não é o estômago inflado pela cerveja, nem certa gastrite, nem ilusões momentâneas com o poder de diversão.
Tudo isso é insosso, inválido, insuficiente.
A desilusão já atingiu todos os pontos - e agora viver tem o mesmo sentido que nada. Não é dramatismo - apenas consciência da banalidade.
Simples tocar adiante. Qualquer projeto terá a única força de aliviar a tensão da desilusão absoluta do mundo sem sentido.
Divertir? Sim. Mas isso é apenas anestesia. Ashcroft já dizia - aquela música.
Querem mais opiniões idiossincráticas?
Por sinal, diz o Aurélio:
1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos.
2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa.
Foi isso em excesso.
E sonhar? Sonhar com estridentes guitarras do Raveonettes cantando "Love can destroy"? Ou com a Paula Toller? Sonhar com traição, desespero, camaradagem, sexo, sucesso, dinheiro?
Fodam-se.
By the way, enfiem no cu seus "data venias" e "com o devido respeito". Eu já perdi o meu - e faz bastante tempo. Daquela merda para esta aqui.
Tudo é excesso, na verdade. Excesso para aparar a insuficiência do cotidiano, o putrefação afundada na mesmice do dia-a-dia. Que usemos nossas drogas - sejam elas quais forem - para aparar a angústia que, no fim das contas, os existencialistas tinham razões de apontar.
No fundo, não tenho mais argumentos.
Foi tudo demasiado e agora tudo caiu.
Ficou isso - NADA.
Quero aprender novas palavras.
Mais duras, mais ácidas, mais terríveis.
Dessas que fazem a pessoa querer dar soco na cara.
Dessas que dão enjôo no estômago.
Queria aprender a descrever a sensação de nojo que certas vezes vem.
PUTAMERDABOSTAFILHADAPUTACARALHOSEFODA são básicas demais.
Acho que vou aprender árabe.
E, no meio do nada, confabulávamos sobre o futuro.
Imaginamos teletransporte e gordos. Depois descobrimos o segredo: para as pessoas não ficarem gordas que tal enxertar em saladas e outros pratos horríveis o sabor de outros?
E depois os caras falam de Matrix como se fosse sobre a caverna de Platão.
Talvez o problema é que abandonei o cigarro.
Desde então, tenho me sentido mais quadrado. Aliás, já pensaram por que quadrado?
Arestas muito aparadas significam, em outros termos, um recorte do nosso eu.
NÃO VOU MAIS vociferar contra os homens-médios.
Convivam vocês com eles. Eu não tenho mais nenhum interesse.
Nem em mil anos aparecerá outra banda capaz de compor uma música como "Exit Music (for a film)".
NA VITROLA: The Raveonettes, "Little Animals".
Um ano novo que entra.
Não importa. Na verdade, tudo apenas se repete, mesmo que precise se destruir e reconstruir constantemente, como o rio de Heráclito.
Não é o estômago inflado pela cerveja, nem certa gastrite, nem ilusões momentâneas com o poder de diversão.
Tudo isso é insosso, inválido, insuficiente.
A desilusão já atingiu todos os pontos - e agora viver tem o mesmo sentido que nada. Não é dramatismo - apenas consciência da banalidade.
Simples tocar adiante. Qualquer projeto terá a única força de aliviar a tensão da desilusão absoluta do mundo sem sentido.
Divertir? Sim. Mas isso é apenas anestesia. Ashcroft já dizia - aquela música.
Querem mais opiniões idiossincráticas?
Por sinal, diz o Aurélio:
1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos.
2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa.
Foi isso em excesso.
E sonhar? Sonhar com estridentes guitarras do Raveonettes cantando "Love can destroy"? Ou com a Paula Toller? Sonhar com traição, desespero, camaradagem, sexo, sucesso, dinheiro?
Fodam-se.
By the way, enfiem no cu seus "data venias" e "com o devido respeito". Eu já perdi o meu - e faz bastante tempo. Daquela merda para esta aqui.
Tudo é excesso, na verdade. Excesso para aparar a insuficiência do cotidiano, o putrefação afundada na mesmice do dia-a-dia. Que usemos nossas drogas - sejam elas quais forem - para aparar a angústia que, no fim das contas, os existencialistas tinham razões de apontar.
No fundo, não tenho mais argumentos.
Foi tudo demasiado e agora tudo caiu.
Ficou isso - NADA.
Quero aprender novas palavras.
Mais duras, mais ácidas, mais terríveis.
Dessas que fazem a pessoa querer dar soco na cara.
Dessas que dão enjôo no estômago.
Queria aprender a descrever a sensação de nojo que certas vezes vem.
PUTAMERDABOSTAFILHADAPUTACARALHOSEFODA são básicas demais.
Acho que vou aprender árabe.
E, no meio do nada, confabulávamos sobre o futuro.
Imaginamos teletransporte e gordos. Depois descobrimos o segredo: para as pessoas não ficarem gordas que tal enxertar em saladas e outros pratos horríveis o sabor de outros?
E depois os caras falam de Matrix como se fosse sobre a caverna de Platão.
Talvez o problema é que abandonei o cigarro.
Desde então, tenho me sentido mais quadrado. Aliás, já pensaram por que quadrado?
Arestas muito aparadas significam, em outros termos, um recorte do nosso eu.
NÃO VOU MAIS vociferar contra os homens-médios.
Convivam vocês com eles. Eu não tenho mais nenhum interesse.
Nem em mil anos aparecerá outra banda capaz de compor uma música como "Exit Music (for a film)".
NA VITROLA: The Raveonettes, "Little Animals".