Mox in the Sky with Diamonds

sábado, novembro 19, 2005

Impressionante falta de assunto
Escrevi em um post há longo tempo dizendo que faltava assunto para a imprensa depois da crise. Essa semana foi um exemplo claro disso. Não levei mais que quinze minutos para ler qualquer dos jornais que leio - Correio do Povo, Zero Hora e Folha de São Paulo. Aos poucos, fui abandonando as notícias, sendo que nas últimas semanas lia apenas as colunas, já que as reportagens apenas reproduziam temas que já havia lido na Internet antes. Mas, agora, até as colunas dizem apenas a mesma coisa. Essa semana foi o Palocci. Cai, não cai, cai, não cai. Um blá-blá-blá sem fim em torno de uma questão que todo mundo já sabia a resposta.
Será que não temos alguma outra coisa para discutir? Na (até certo ponto legítima) ânsia de ser fiscal das CPIs, a imprensa acabou se enredando no monotema, e parece que o Brasil se restringe a isso. Não podemos discutir também educação, cultura, nossas leis, iniciativas novas, como andam os projetos sociais?
Pelo jeito, vamos continuar discutindo se o Palocci cai ou não.

Entretanto...
Me esqueci de fazer o comentário principal sobre a história da "surra". O véio Lula, jogador de futebol e metalúrgico, simplesmente CAGARIA A PAU o tal do ACM Neto, um bostinha que ameaçou o surrar. Isso é FATO. Pois não é que Ciro Gomes, com sua língua excelente, mandou bala. Olha a declaração do Ministro:

"Aquele tampinha, que não tem coragem nem com a mão suja de cocô de bater em ninguém, fala que quer bater no presidente da República porque ele está covardemente aí na televisão protegido por microfone parlamentar".

Pra quem gosta de "pets"
Morreu hoje o cachorro eleito o mais feio do mundo. Dá uma olhada na criança.

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Death Cab for Cutie (2)
Quem ouviu e gostou o DCFC deve ir atrás do seu discaço anterior, "Transatlaticism" (2003), e baixar "Title and Registration", "Expo'86" e a faixa-título. Simplesmente imbatíveis.
Depois dessas, duvido que tu não queira ouvir o disco inteiro.

Ferrugem
Falando em jogos, foi uma coincidência tétrica que ocorreu na pousada lá na Ferrugem, quando nos deslocamos para a área principal para ver o jogo do Grêmio. Entrei e, um minuto depois, a Argentina, que jogava contra a Inglaterra e ganhava por 2 a 1, tomou gol. Os argentinos que viam o jogo me olharam estranho. Logo após, meu amigo se sentou e, um minuto depois, Owen marcou o gol da virada, seu segundo na partida. Os argentinos não agüentaram: "cada gremista que entra a Argentina toma um gol!".
Não adiantou eu dizer que estava torcendo para os hermanos, em retribuição à vitória do Boca e à fraternidade castelhana gremista. Seremos eternizados na memória dos argentinos como os culpados por aquela derrota.

Que é isso - a filosofia?
Não pretendo responder à pergunta. Gilles Deleuze e Félix Guattari escreveram um livro sobre o tema. O que me chama atenção é o distanciamento das pessoas desse espírito crítico. Pode-se até discutir com outro nome, mas é sobre ela que se fala. Porque ela esconde, no fundo, todas estruturas do nosso pensamento, todas as premissas, todos os fundamentos que estão por baixo das nossas convicções.
É preciso ir além de dizer "eu penso isso sobre isso". A filosofia pergunta "por quê?", "por quê?", "por quê?", até tu chegares lá no início, onde as nossas divergências começam.
A filosofia olha para o banal e o desbanaliza. Por isso é tão intitulada "viagem". Por aqueles que não têm tempo de pensar. Mas então têm tempo pra quê?

Perigo
Embora seja apenas um empate que precisamos, é arriscada a situação do Grêmio, que deu azar ao ver o Náutico vencer a Portuguesa. Na verdade, eu apenas reafirmo o que já tinha dito antes: Mano Menezes é um técnico razoável, mas excessivamente tímido, que não permitiu que talvez tivéssemos somado mais pontos fora. Não o amaldiçoarei, mas continuo com a minha posição: não é técnico para a série A. Que venha um bom empate em Recife.

By the way
A propósito, na minha opinião, quando os técnicos vêem craques, só há duas atitudes: a burra e a correta. O bom treinador coloca sempre o craque pra jogar, e fica mentindo pra todo mundo que faz rotações, etc. O burro é que fica enchendo o saco com a idéia de "grupo" e outras tolices. Pensem em Luiz Fernandez (provavelmente a grafia não seja essa, mas o nome é), ex-técnico do Paris Saint Germain que deixou várias vezes o Ronaldinho no banco. Hoje isso se mostra de uma patetice estratosférica. Bons técnicos, como Felipão e Mourinho, colocam sempre os seus craques para jogar. Podem ver: apesar de todo elenco do Chelsea, Terry, Makelele e Lampard jogam todas as partidas. Ou, no Milan, Shevchenko, por exemplo. Rotação? Para os demais. Craques não rotam.




Trilha sonora do post: Wilco, "Too far apart".