Mox in the Sky with Diamonds

domingo, novembro 20, 2005

Hal, "Hal" (2005).

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Hal é uma banda britânica (irlandesa), cujo primeiro disco é desse ano, composta por dois vocalistas (embora tanto falsete faça parecer que há uma mina no meio) que tocam baixo e guitarra, um tecladista e um baterista. Antes do disco propriamente dito, algumas elocubrações.
Nesse ano, ao lado do saturadíssimo revival dos anos 80, que levou a simplesmente deixarmos de lado bandas ruins como Bloc Party eThe Bravery, algumas bandas foram buscar influências bem distintas, especialmente com harmonias vocais não-beatles em um quase soft-rock altamente retrô. Dessas, eu poderia dizer que a única que acertou - e foi em cheio - foi o Raveonettes, com um disco poderoso em que se revezam momentos Elvis Presley-balada com guitarras surfísticas altamente cools, vocal sexy e riffs incríveis, tudo em clima de garagem. Outro é o caso do Magic Numbers, que já andei comentando por aqui, e do Hal. A busca por elementos retrôs, que bem parece música para ser tocada em reunião dançante na igreja (daquela época, mesmo), torna o álbum monótono, invariável e, sobretudo, bunda mole. Sorry. Eu não nasci pra agradar. Mas, enfim, a repetitiva influência dos Beach Boys (Beatles, ao contrário do que diz o AllMusic, nem pensar. Aliás, o site chegou a colocar referência dos Flaming Lips. Onde?), faz com que o som fique tedioso e não-ousado. Pra quem acha que ousadia é requisito primeiro, como eu, cai por aí. Você não pode chegar em 2000, depois de Beatles, Floyd, Stones, Sex Pistols, Portishead, Mogwai, Radiohead, e simplesmente fazer um som como se NADA tivesse acontecido nos últimos cinqüenta anos. Se o Hal tivesse investido no folk, mais ou menos como o Turin Brakes, talvez tivesse feito algo melhor.
Embora a banda seja britânica, vejo muito mais influência do rock americano por ali. Mais ou menos como os igualmente irishs The Thrills. Só que o Thrills acerta. Aqui, nem pensar.

A panacéia de todos os males
INCRÍVEL a proposta do Ministro Carlos Velloso, Presidente do TSE, para o problema do "caixa 2": 10 anos de cadeia. Quando tudo aperta, nós usamos o Direito Penal e tudo fica mais fácil.
A pena, além de totalmente desproporcional ao crime cometido, é desnecessária, porque a mera quantidade de anos previstos não impede a prática do crime. O Direito Penal é insuficiente para tratar do tema. Ao invés de o Ministro propor investimentos nos setores de investigação, encontrando uma solução para o problema de que todas as campanhas, embora usem "caixa 2", sejam aprovadas pelo tribunal, como se nada acontecesse, apostou na fórmula universal: populismo penal. A cassação dos direitos políticos é absolutamente suficiente para equacionar o problema. O que permite a prática é a ingenuidade do TSE que homologa SEMPRE.
Imaginem uma pessoa presa por 3.600 dias da sua vida por "caixa 2". Pobre bode expiatório. Achas que não é muito tempo? Então diz: o que tu fazias há dez anos atrás? O que tu serás daqui a dez anos? É tempo pra burro. Mas, para os outros na cadeia, tudo vale, né?

Quem é bom, é bom
Não sabia que George Harrison, além de integrante da maior banda de rock de todos os tempos, ainda teve tempo de ser o produtor de "A Vida de Brian", o filme mais conhecido do Monty Phyton, presente em quase todas as listas de melhores comédias de todos os tempos. Descobri nessa interessante coluna.

Quem sabe?
Amanhã farei a minha prova de Mestrado. Se tudo der certo, ano que vem será extremamente tumultuado, com um monte de tarefas, mas, afinal, é o que eu quero pra mim. O que importa é que, depois de amanhã, começarei um período espetacular de festa e loucurada, pra me preparar para um ano corridíssimo que virá.




Trilha sonora do post: Arctic Monkeys, "Bet you look good on the dancefloor".