Finalmente consegui completar o meu projeto para concorrer ao mestrado. O tema será o "Direito Penal do Inimigo" e uma crítica filosófica a partir das perspectivas da tolerância, do alemão Jüngen Habermas, e da hospitalidade, do francês Jacques Derrida.
Nesse tempo, obviamente não houve espaço na agenda para postar. Além disso, quatro dias fantásticos na Praia da Ferrugem deixam qualquer um em forma. Simplesmente caipirinha*, birita, praia, sol, mar, beleza feminina e total relax.
Sobre a tortura militar
O problema não é tanto os imbecis que exercem a função de milicos. Uma pessoa que se alista no exército e almeja, quem sabe, matar um dia (numa guerra), só pode ter os miolos moles. Ainda mais quanto entra numa instituição capaz de transformar qualquer um em burro, com sua ideologia tosca e idiota. O problema de verdade são os civis pacanas, punhado de maria-vai-com-as-outras, homens médios e de bem, que colocaram esses energúmenos no poder por 20 anos no nossos país. Não há limites para a estupidez humana.
Death Cab for Cutie, "Plans" (2005).
Death Cab for Cutie são quatro integrantes dos EUA, liderados por Ben Gibbard, formado em 1998. Lançaram, até este, 04 discos - Something about airplanes (1999), We have the facts and we're voting yes (2000), The Photo Album (2001) e Transatlanticism (2003). Enquadram-se no vaguíssimo termo "indie pop" (praticamente uma contradição em si mesma).
Disco incrivelmente bom esse. O Death Cab for Cutie não traz nenhuma inovação, não reinventa o rock, não usa experimentalismo. Faz, simplesmente, boas canções. E bota boas nisso. Se "Your Heart is an empty room", por exemplo, é irresistível. Duvido, mesmo, que tu encontre por aí fazilzinho uma música que cause as mesmas sensações. Bom ouvido não é feito só de barulho, meu. "Soul Meets Body" é quase um synth-pop, mas um synth-pop extremamente cadenciado, sutil, orgânico. Essa, sinceramente, gruda. Mas GRUDA mesmo. Tenta ainda as maravilhosas "Croocked Teeth", "Stable Song" e "What Sarah said" são a combinação de tudo que o DCFC representa: excelentes vocais, instrumental discreto e sincrônico, refrões, letras interessantes, melodias. 04 músicas indiscutíveis, que são acompanhadas por mais melodias fantásticas. Fiquei pensando meia hora antes de colocar isso, mas, vai lá: me lembra, pela capacidade melódica e naturalidade instrumental, combinada com melancolia, o Grandaddy de Sumday. Tipo: esquece o Keane. Simples, sem mistérios, mas incrivelmente bom no que faz.
Esse disco não deve te acrescentar nada, a não ser um punhado de emoções. Mas, afinal, não é exatamente essa a função da arte?
Quando os loucos chegam ao poder
Homens-médios saudando a insanidade
O filme "A Queda! As últimas horas de Hitler", que trata dos últimos dias de Hitler na Alemanha, não justifica o estardalhaço feito na Alemanha em torno de supostos bons sentimentos que se poderiam nutrir pelo tirano. É preciso ter uma mente muito doente para ver o filme, sabendo tudo que se sabe, e ainda assistir loucura atrás de loucura, absurdo atrás de absurdo, e depois sentir pena. Quem sente pena daquele maluco só pode, no fundo, concordar com suas idéias imbecis.
Ficar com pena de um maluco que agradece o café da secretária (o "lado humano") e depois diz que os alemães, se perderam a guerra, que morram todos, porque deixaram os judeus viverem? Me poupe dessa escrotice.
Forte candidato a pior
Eu tinha tantos candidatos a pior disco do ano! Infelizmente, agora fiquei sabendo que o Twisted Syster lançou um disco. Pelo jeito, não vou ter muita opção. Farofa, pra mim, é aquela coisa em se passa o salsichão quando rola um churras.
Trilha sonora do post: Goldfrapp, "Let it take you".