Estatuto do Desarmamento - Prevenção ou Repressão
Tinha decidido não escrever sobre o Estatuto, ante a erupção vulcânica de opiniões e sites sobre o tema. Tenho pouco a acrescentar e acho que os inteligentes já decidiram, embora alguns contra as suas próprias convicções.
O que eu queria dizer - e não é novidade - é que muito da discussão é inóspita e impertinente.
Discutir - como tem gente discutindo DOS DOIS LADOS - se o cidadão pode andar armado, por exemplo, é um equívoco. O Estatuto já veda completamente a posse de armas e isso não está em discussão no referendo. Cuidado, então, com o que lemos. Nenhum John Wayne pode sair aí pela rua destilando tiros para salvar garotas inocentes de estupradores e homicidas. Isso já é proibido.
A discussão se restringe à comercialização de armas e munição. Só.
Acho que o que está mal explicado é a concepção político-criminal que subjaz aos argumentos dos participantes do debate. Porque, afinal, fomos chamados para votar uma matéria político-criminal.
De um lado, estão aqueles mais inclinados para estratégias repressivas, entendendo que o cidadão tem o direito de se defender e, por isso, a proibição da comercialização das armas irá impedi-los de dar uma resposta ao ato criminoso, na hora "h". Seus detratores exibem estatísticas de que a resposta armada geralmente é ineficaz, muitas vezes redundando em conseqüências piores do que seria o crime em si. A isso a única resposta que até agora eu vi foi a de um direito universal, legítimo, inalienável, de portar arma para a auto-defesa, da família e da propriedade.
De outro lado, estão aqueles que apostam em solução preventiva para o delito, no sentido de que a fabricação da arma de fogo, por si só, já incha o mercado e, com isso, dá mais armas para crimes serem cometidos. Além disso, as armas podem causar acidentes domésticos graves. Seus detratores afirmam que as armas poderão vir do tráfico e que somente se desarmarão os "cidadãos de bem". Os acidentes seriam apenas uma pequena exceção. A resposta a isso é dada novamente com estatísticas: 76% das armas usadas em crimes são de origem legal (portanto, fabricadas e comercializadas no Brasil) e que, por isso, o efeito da arma legal é cair na mão do criminoso.
A opção, portanto, será entre uma estratégia preventiva, que aposta na redução de danos (menos armas fabricadas, menos armas em circulação, menos delitos com armas) e, de outro lado, uma estratégia repressiva (é preferível ter arma e poder se defender a apostar na diminuição das armas). Uma tenta "evitar" e a outra "combater" o delito.
A par dessas razões funcionais, existe um duelo moral, em que de um lado estão aqueles que dividem a sociedade em "bandidos" e "cidadãos de bem", entendendo que vivemos uma espécie de guerra civil em que o Estado falha na segurança, cabendo ao cidadão cuidar da sua auto-tutela; de outro, estão os que vêem a arma de fogo como algo ruim por si mesmo, com a única finalidade de matar, e que a idéia de progresso moral nos levaria a, tendencialmente, eliminá-la.
Minha opinião, como já disse, parece desnecessária. Os inteligentes saberão de que lado votar.
Esquadrão madrilenho
Pela primeira vez, depois de algumas temporadas, o Madrid entrou sem a exuberância de favorito. Depois de duas temporadas sem títulos, a moçada se acalmou e resolveu admitir que o time precisa ser remontado.
Eu já disse aqui várias vezes: uma sucessão de técnicos inexperientes e o centro da marcação - Makelele - prejudicou a estrutura do time.
Entretanto, os últimos jogos têm me animado. O Madrid ainda não tem bala na agulha pra enfrentar Chelsea ou Juventus, mas vem num crescente considerável. Raúl teve um bom crescimento, voltando a fazer gols e mostrar categoria. Guti vem se mostrando um grande meia, com passe excelente e boa visão de jogo. Mas o destaque, sem dúvida, vem sendo Beckham, com seus lançamentos, cruzamentos e chutes de longa distância com precisão única, ímpar e perfeita. Considerável evolução.
Brasileirão
Incrível esse Paysandu. Faz dois campeonatos que os caras apanham, apanham, apanham no início do campeonato e, no final, se recuperam e ficam na Primeira. Incrível. Isso que tem o PIOR técnico do mundo: o ignorante, tosco e arrogante Carlos Alberto Torres.
Além de Flamengo e Brasiliense, que vem mantendo um patamar de instabilidade sem recuperação, Juventude, Botafogo, Coritiba e São Caetano vem em declínio significativo, podendo cair. Vasco tem um time fraco, mas tenho uma intuição que não cai. Renato, por incrível que pareça, é um bom técnico.
Heber Roberto Lopes?
Além de feio, ainda é ruim e pode ser ladrão
O tal Nagib Fayad disse na CPI dos Bingos que Heber Roberto Lopes estaria envolvido no esquema. Não duvido. SEMPRE achei, afirmei e reafirmei que ele é o PIOR árbitro em atividade no Brasil. É inconcebível a quantidade de erros que ele comete nas partidas. Em TODAS.
Próximo
Tinha decidido não escrever sobre o Estatuto, ante a erupção vulcânica de opiniões e sites sobre o tema. Tenho pouco a acrescentar e acho que os inteligentes já decidiram, embora alguns contra as suas próprias convicções.
O que eu queria dizer - e não é novidade - é que muito da discussão é inóspita e impertinente.
Discutir - como tem gente discutindo DOS DOIS LADOS - se o cidadão pode andar armado, por exemplo, é um equívoco. O Estatuto já veda completamente a posse de armas e isso não está em discussão no referendo. Cuidado, então, com o que lemos. Nenhum John Wayne pode sair aí pela rua destilando tiros para salvar garotas inocentes de estupradores e homicidas. Isso já é proibido.
A discussão se restringe à comercialização de armas e munição. Só.
Acho que o que está mal explicado é a concepção político-criminal que subjaz aos argumentos dos participantes do debate. Porque, afinal, fomos chamados para votar uma matéria político-criminal.
De um lado, estão aqueles mais inclinados para estratégias repressivas, entendendo que o cidadão tem o direito de se defender e, por isso, a proibição da comercialização das armas irá impedi-los de dar uma resposta ao ato criminoso, na hora "h". Seus detratores exibem estatísticas de que a resposta armada geralmente é ineficaz, muitas vezes redundando em conseqüências piores do que seria o crime em si. A isso a única resposta que até agora eu vi foi a de um direito universal, legítimo, inalienável, de portar arma para a auto-defesa, da família e da propriedade.
De outro lado, estão aqueles que apostam em solução preventiva para o delito, no sentido de que a fabricação da arma de fogo, por si só, já incha o mercado e, com isso, dá mais armas para crimes serem cometidos. Além disso, as armas podem causar acidentes domésticos graves. Seus detratores afirmam que as armas poderão vir do tráfico e que somente se desarmarão os "cidadãos de bem". Os acidentes seriam apenas uma pequena exceção. A resposta a isso é dada novamente com estatísticas: 76% das armas usadas em crimes são de origem legal (portanto, fabricadas e comercializadas no Brasil) e que, por isso, o efeito da arma legal é cair na mão do criminoso.
A opção, portanto, será entre uma estratégia preventiva, que aposta na redução de danos (menos armas fabricadas, menos armas em circulação, menos delitos com armas) e, de outro lado, uma estratégia repressiva (é preferível ter arma e poder se defender a apostar na diminuição das armas). Uma tenta "evitar" e a outra "combater" o delito.
A par dessas razões funcionais, existe um duelo moral, em que de um lado estão aqueles que dividem a sociedade em "bandidos" e "cidadãos de bem", entendendo que vivemos uma espécie de guerra civil em que o Estado falha na segurança, cabendo ao cidadão cuidar da sua auto-tutela; de outro, estão os que vêem a arma de fogo como algo ruim por si mesmo, com a única finalidade de matar, e que a idéia de progresso moral nos levaria a, tendencialmente, eliminá-la.
Minha opinião, como já disse, parece desnecessária. Os inteligentes saberão de que lado votar.
Esquadrão madrilenho
Pela primeira vez, depois de algumas temporadas, o Madrid entrou sem a exuberância de favorito. Depois de duas temporadas sem títulos, a moçada se acalmou e resolveu admitir que o time precisa ser remontado.
Eu já disse aqui várias vezes: uma sucessão de técnicos inexperientes e o centro da marcação - Makelele - prejudicou a estrutura do time.
Entretanto, os últimos jogos têm me animado. O Madrid ainda não tem bala na agulha pra enfrentar Chelsea ou Juventus, mas vem num crescente considerável. Raúl teve um bom crescimento, voltando a fazer gols e mostrar categoria. Guti vem se mostrando um grande meia, com passe excelente e boa visão de jogo. Mas o destaque, sem dúvida, vem sendo Beckham, com seus lançamentos, cruzamentos e chutes de longa distância com precisão única, ímpar e perfeita. Considerável evolução.
Brasileirão
Incrível esse Paysandu. Faz dois campeonatos que os caras apanham, apanham, apanham no início do campeonato e, no final, se recuperam e ficam na Primeira. Incrível. Isso que tem o PIOR técnico do mundo: o ignorante, tosco e arrogante Carlos Alberto Torres.
Além de Flamengo e Brasiliense, que vem mantendo um patamar de instabilidade sem recuperação, Juventude, Botafogo, Coritiba e São Caetano vem em declínio significativo, podendo cair. Vasco tem um time fraco, mas tenho uma intuição que não cai. Renato, por incrível que pareça, é um bom técnico.
Heber Roberto Lopes?
Além de feio, ainda é ruim e pode ser ladrão
O tal Nagib Fayad disse na CPI dos Bingos que Heber Roberto Lopes estaria envolvido no esquema. Não duvido. SEMPRE achei, afirmei e reafirmei que ele é o PIOR árbitro em atividade no Brasil. É inconcebível a quantidade de erros que ele comete nas partidas. Em TODAS.
Próximo
No próximo post, falo sobre alguns discos lançados nesse ano, especialmente os do Paul Mccartney, Rolling Stones, Spoon, Foo Fighters, Editors e Elbow.
Trilha sonora do post: The Kills, "Rodeo Town".