Ecletismo Musical - uma biaba na orelha dos radicais
Por acaso os surrealistas não achavam que só o que era arte era o surrealismo e todo resto era lixo? Nesse caso, jogaríamos Picasso, Goya e Leonardo no lixo.
Ou os parnasianos não acham que só a poesia métrica era poesia, e o resto era lixo? Nesse caso, jogaríamos Byron, Rimbaud e Artaud no lixo.
Ou os defensores do Dogma não acham que cinema é só Dogma e pronto? Nesse caso, jogaríamos Kubrick, Welles e Almodóvar no lixo.
Ou os naturalistas não achavam que só os romances deterministas valiam a pena? Nesse caso, jogaríamos H. Miller, O. Wilde e Victor Hugo no lixo.
Todos os citados são de escolas ou movimentos diferentes. E um queimaria o outro.
MORAL DA HISTÓRIA: Todo radicalismo é imbecil e só vale como defesa da manifestação individual que ostenta. Uma imbecilidade necessária, portanto. Mas que nunca deve ser levada a sério. A arte não tem fórmulas e não pode ser apreendida numa única acepção. É plural por excelência. A arte sim, o artista não. A arte mais que o artista.
"Fitter Happier", Matrix, "Admirável Mundo Novo" e os pós-modernos franceses - um ponto de encontro entre humanidades, música, cinema e literatura
Um controle horizontal que perpassa na sociedade sem que tenha um ponto fixo. Alguns pós-modernos, como Deleuze/Guattari, o descrevem como um "papnótico" (aquela estrutura prisional de Bentham que permitia olhar a todos sem ser visto) não mais fechado, como Foucault queria, nas estruturas prisionais, nas manicômios, conventos, mas sim a céu aberto: todos devem, todos trabalham, todos são vigiados. Esse controle social é o modelo de vida de homem-médio, que nasce, casa, tem filhos, faz contratos, adquire propriedades e testa, ao final. Descrito nas lentes de Huxley, o mundo seria um conglomerado de pessoas felizes na sua monotonia insípida. Mais. Matrix reincorpora o significado da metáfora e traz, novamente, o mundo conveniente, monótono, chapante. Metáfora filosófica e ética para o conformismo do bonzinho. Eles querem ordem, depois a liberdade. E Fitter Happier, eu não brinco em serviço, é uma obra-prima de interlúdio radioheadiano: a exposição dos nervos modernos dominados pelo instinto de repetição consumista, conformista, média - cabeça de bode. A arte se encontra na crítica ao controle que perpassa a sociedade. E nem é controle jurídico. É controle mental.
Meeting People is Easy
É justamente a crítica - ácida na sua indiferença - que torna Meeting People is Easy um documentário complemente louco, mas belo. Um retrato musical-cinematográfico da tentativa do controle de incorporar ao seu terreno a crítica contra ele próprio (estratégia bem comum!). Meeting é a resposta.
E agora, José?
Pois não é que o Dr. Fábio Koff tem toda razão em dizer que a gestão de Flávio Obino foi uma administração de boteco? Depois da situação financeira precária deixada pelo ex-Presidente Guerreiro, em virtude da ISL e da demora na redução de custos, a aposta do Obino foi a seguinte: 'monto um time meia-boca, mas barato, agüento na série A e entrego o mandato com as contas positivas'.
O que ocorreu, de verdade? Uma gestão mais que amadora do futebol, com contratação de jogadores pífios (Ratinho, Yan, Michel Bastos, etc.) e mercenários, dirigentes gá-gás (Hélio Dourado e o próprio Obino), incapazes de motivar o time ou cobrar resultados, discurso diversionista do INFERNO (que dá vontade de esfaquear o Presidente) e ausência de investimentos nas categorias de base. Resultado? Queda para a 2ª Divisão. E pior: situação financeira piorada.
Com isso, Obino atingiu a perfeição em matéria de gestão catastrófica: deixou ir embora um dos melhores técnicos do Brasil, desmontou a base do time que foi duas vezes para a Libertadores, não montou uma base para o ano que vem, desmantelou a imagem de absoluta superioridade sobre o Inter que vinha se mantendo HÁ mais de uma década, inclusive com sua retórica diversionista, caiu para a Segunda e, não bastasse isso, prejudicou ainda mais as finanças. DÁ PRA DAR AULA.
Só empresários loucos para montar parceria com o Grêmio - a única solução. Que a paixão de algum gremista nos ajude.
Escola de Rock
Legal o show dos ilustre amigos The Scientist e Maurício! Guns, Radiohead, Kiss, Metallica, etc. Deu pra balançar o esqueleto! Agora, sem dúvida o melhor momento foi eu em frente ao palco, completamente bêbado, gritando (exigindo): "Toca Strokes, Strokes...".....
huahuahauhauhau
Trilha sonora do post: John Frusciante, 'Wednesday's song'.
Por acaso os surrealistas não achavam que só o que era arte era o surrealismo e todo resto era lixo? Nesse caso, jogaríamos Picasso, Goya e Leonardo no lixo.
Ou os parnasianos não acham que só a poesia métrica era poesia, e o resto era lixo? Nesse caso, jogaríamos Byron, Rimbaud e Artaud no lixo.
Ou os defensores do Dogma não acham que cinema é só Dogma e pronto? Nesse caso, jogaríamos Kubrick, Welles e Almodóvar no lixo.
Ou os naturalistas não achavam que só os romances deterministas valiam a pena? Nesse caso, jogaríamos H. Miller, O. Wilde e Victor Hugo no lixo.
Todos os citados são de escolas ou movimentos diferentes. E um queimaria o outro.
MORAL DA HISTÓRIA: Todo radicalismo é imbecil e só vale como defesa da manifestação individual que ostenta. Uma imbecilidade necessária, portanto. Mas que nunca deve ser levada a sério. A arte não tem fórmulas e não pode ser apreendida numa única acepção. É plural por excelência. A arte sim, o artista não. A arte mais que o artista.
"Fitter Happier", Matrix, "Admirável Mundo Novo" e os pós-modernos franceses - um ponto de encontro entre humanidades, música, cinema e literatura
Um controle horizontal que perpassa na sociedade sem que tenha um ponto fixo. Alguns pós-modernos, como Deleuze/Guattari, o descrevem como um "papnótico" (aquela estrutura prisional de Bentham que permitia olhar a todos sem ser visto) não mais fechado, como Foucault queria, nas estruturas prisionais, nas manicômios, conventos, mas sim a céu aberto: todos devem, todos trabalham, todos são vigiados. Esse controle social é o modelo de vida de homem-médio, que nasce, casa, tem filhos, faz contratos, adquire propriedades e testa, ao final. Descrito nas lentes de Huxley, o mundo seria um conglomerado de pessoas felizes na sua monotonia insípida. Mais. Matrix reincorpora o significado da metáfora e traz, novamente, o mundo conveniente, monótono, chapante. Metáfora filosófica e ética para o conformismo do bonzinho. Eles querem ordem, depois a liberdade. E Fitter Happier, eu não brinco em serviço, é uma obra-prima de interlúdio radioheadiano: a exposição dos nervos modernos dominados pelo instinto de repetição consumista, conformista, média - cabeça de bode. A arte se encontra na crítica ao controle que perpassa a sociedade. E nem é controle jurídico. É controle mental.
Meeting People is Easy
É justamente a crítica - ácida na sua indiferença - que torna Meeting People is Easy um documentário complemente louco, mas belo. Um retrato musical-cinematográfico da tentativa do controle de incorporar ao seu terreno a crítica contra ele próprio (estratégia bem comum!). Meeting é a resposta.
E agora, José?
Pois não é que o Dr. Fábio Koff tem toda razão em dizer que a gestão de Flávio Obino foi uma administração de boteco? Depois da situação financeira precária deixada pelo ex-Presidente Guerreiro, em virtude da ISL e da demora na redução de custos, a aposta do Obino foi a seguinte: 'monto um time meia-boca, mas barato, agüento na série A e entrego o mandato com as contas positivas'.
O que ocorreu, de verdade? Uma gestão mais que amadora do futebol, com contratação de jogadores pífios (Ratinho, Yan, Michel Bastos, etc.) e mercenários, dirigentes gá-gás (Hélio Dourado e o próprio Obino), incapazes de motivar o time ou cobrar resultados, discurso diversionista do INFERNO (que dá vontade de esfaquear o Presidente) e ausência de investimentos nas categorias de base. Resultado? Queda para a 2ª Divisão. E pior: situação financeira piorada.
Com isso, Obino atingiu a perfeição em matéria de gestão catastrófica: deixou ir embora um dos melhores técnicos do Brasil, desmontou a base do time que foi duas vezes para a Libertadores, não montou uma base para o ano que vem, desmantelou a imagem de absoluta superioridade sobre o Inter que vinha se mantendo HÁ mais de uma década, inclusive com sua retórica diversionista, caiu para a Segunda e, não bastasse isso, prejudicou ainda mais as finanças. DÁ PRA DAR AULA.
Só empresários loucos para montar parceria com o Grêmio - a única solução. Que a paixão de algum gremista nos ajude.
Escola de Rock
Legal o show dos ilustre amigos The Scientist e Maurício! Guns, Radiohead, Kiss, Metallica, etc. Deu pra balançar o esqueleto! Agora, sem dúvida o melhor momento foi eu em frente ao palco, completamente bêbado, gritando (exigindo): "Toca Strokes, Strokes...".....
huahuahauhauhau
Trilha sonora do post: John Frusciante, 'Wednesday's song'.