Mox in the Sky with Diamonds

terça-feira, setembro 07, 2004

Rock n' roll
Meu topfive de músicas rock n' roll assumidas:


5. "Keep on rockin' in a free world", Neil Young;
4. "So you wanna be a rock star", The Byrds;
3. "Rock n' roll star", Oasis;
2. "Rock n' roll", Led Zeppelin;
1. "It's only rock n' roll, but I like it", The Rolling Stones.

Rockões clássicos sem rock no nome:

5. "Lust for Life", Iggy Pop;
4. "I'm down", The Beatles;
3. "Hotel Yorba", The White Stripes;
2. "Last Nite", The Strokes;
1. "My Generation", The Who.


Mediocridade de Kerry
- Cada dia que passa, tristemente, vejo aquele meu post de um mês atrás se confirmar. Impressionante o quanto os democratas americanos se esforçavam para escolher o candidato mais à direita possível. Kerry é o típico conservador, não consegue tomar posições arrojadas e, cada vez mais, parece "mais do mesmo" em relação a Bush (não que eu ache isso). A sensação que vai passar ao eleitorado é de que é menos capaz que Bush para exercer as idéias autoritárias deste. Votou a favor da Guerra do Iraque! Talvez o Partido Democrata tenha sido muito pouco arrojado e, por isso, acabe pagando o preço da sua timidez.

Oposição do PT e Oposição Hoje
- Toda aquela história de "oposição responsável", que o PSDB propagandeou depois que deixou o Governo, foi para o saco. Assim como o PT fez, acusa indiscriminadamente, bloqueia projetos bons e faz retórica populista. Só espero que o PT, ao sair do Governo, mude, como acho que vai mudar.
- Um exemplo é o caso das PPP's: a única contribuição até agora da oposição foi a do Tasso Jereissati: "para o Delúbio deitar e rolar". Ora, é só isso? Se eles querem maiores critérios, que insiram, no seu papel de congressistas, critérios. Se acham problemas com licitações, que façam conforme a Lei de Licitações. Mas não. Preferem falar. Sabem por quê? Porque o PSDB vai querer "deitar e rolar" nas PPP's se vencer uma eleição. Por isso, não muda o texto. Só fala. Quatro Governadores do PSDB e PFL têm leis de PPP's nos seus Estados.

Arsenal
- Que curiosidade eu tenho para saber o que Hornby pensa sobre o seu imbatível Arsenal, ao qual ele dedicou o seu excelente "Febre de Bola".
- A rapinagem dos jovens, que são levados antes de assinarem com os profissionais, não ocorre só aqui, com a Lei Pelé. O Arsenal também levou Sesc Fabregas, espanhol ex-júnior do Barça, com base nessa brecha.

Contribuição do ácido para a música
- Quando você fica pensando que o LSD é responsável por "She's a rainbow" e "Lucy in the sky with diamonds" você até desculpa os rockeiros pelo mau exemplo. "Their Satanic Majesties Request", dos Rolling Stones, e "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", dos Beatles, são duas das mais valorosas pérolas do rock n' roll, construídos visivelmente sob influências lisérgicas.
- Jagger canta "she comes in colors" e Lennon faz toda aquela descrição da viagem, com árvores de tangerina e céu de marmelada.

Sobre o Conselho Federal e a Lei de Audiovisual
- Separemos uma coisa da outra. A Lei de Audiovisual, da maneira proposta, estava errada. Mas já está sendo aperfeiçoada em comissões e ouvindo a classe, longe da histeria da imprensa (aliás, a imprensa de esquerda, como a Carta Capital, é favorável à lei).
- Por outro lado, quando aos argumentos contrários ao Conselho, só posso dizer que não desmentem, em nenhum aspecto, minhas afirmações. Simplesmente as ignoram. Tudo que foi afirmado está dentro da linha editorial da Folha e outros jornais, que nega o direito à fiscalização da imprensa e trata um projeto de interesse público como algo próprio do Governo. Como eu disse, não há influência do Governo nessas autarquias classistas. A imprensa está fazendo um grande DESSERVIÇO ao Brasil plantando a DESINFORMAÇÃO sobre o assunto. O Governo não vai nomear dirigente algum para controlar a imprensa. É a própria classe que vai escolher. Isso é a coisa mais comum do mundo, mas o que os jornalistas querem é não aceitar a responsabilidade sobre seus atos. Curioso, logo a imprensa.
- Não se trata de "qualificar a imprensa", mas sim de fiscalizá-la. Não o PT, mas sim um Conselho classista, que, feito de jornalistas, saberá dar o devido valor à liberdade de informação. Ou jornalista não sabe votar?
- Aliás, os argumentos dos jornalistas são exatamente os mesmos do Judiciário contra o controle externo, que é a imprensa é favorável. Dois pesos, duas medidas.

Grêmio
- Catastrófico. Sempre odiei os torcedores que xingam o time, mas só tem um jeito de o Grêmio jogar sem que alguém o xingue: coloquem um pano preto que tape a visão dos torcedores. Desisti, até, da lista. Estou sem ânimo.

Movimentos na Música
- Creio que a música, depois dos anos 50, teve basicamente três movimentos internacionais relevantes: o rock n' roll, que começou com Elvis, Chuck Berry e encontrou nos Beatles sua grande voz, surgindo daí milhares de estilos, desde rock progressivo até punk rock; o hip hop, que começou nos EUA e se espalhou como "música de periferia", hoje tão popular quanto o rock, especialmente nas suas misturas; e a música eletrônica, também subdividida em vários estilos, como trance, techno, drum'n'bass, dub, electro, etc, consolidando-se como música tribal e dona de uma cultura própria. Todos têm que ser respeitados dentro do seu espaço, gosto pessoal colocado à parte (eu, p. ex., não gosto de quase nada de hip hop), justamente por terem se consolidado enquanto vários outros estilos afundaram. Com isso, não incluo os movimentos anteriores, como o Jazz, o Blues ou a música clássica, que se mantiveram num espaço próprio.
- Esses três estilos se entralaçam em vários momentos: rock com hip hop, por exemplo, em Beastie Boys, Rage Against the Machine, etc.; rock com eletrônico, Primal Scream, Chemical Brothers, Prodigy, Tricky, Goldfrapp, etc.; hip hop com eletrônico, tipo Moby, Basement Jaxx, etc. Algumas combinações interessantes.


Discoteca e DVDteca da mais básica
- Saímos da festa e fomos para a casa, aproveitando para fazer um "pós-noite" tranqüilo, depois de curtir o DVD do Ministry of Sound, para ouvir calmamente Roseland New York, DVD clássico do Portishead. Impressiona, em primeiro plano, a magnitude do show. De um lado, instrumentos clássicos, verdadeira osquestra. Ao centro, os integrantes da banda, com guitarra, baixo, microfone. Ao lado, o DJ, com um equipamento clássico: distorção e vinis. O som é estranhíssimo, uma mistura de jazz, rock, soul, eletrônico e clássico. Sintetiza tudo isso na fórmula: baixo (compasso) + distorção + baixo (compasso) + distorção. O arcabouço instrumental é fenomenal, variando a distorção desde um simples violão com um riff meia boca, passando por violinos, teclados, pedais até desembocar na absurda voz da Beth Gibbons, ela própria muitas vezes distorcida, com ecos e outros efeitos. Impressionante como ela "esmirilha" no vocal, assim como o DJ às vezes sustenta solos impressionantes girando o vinil. Clima sombrio, sinistro, cult, alternativo. Beth acende um cigarro. Nós viajamos.


Topfive Sharon Stone
Hoje estou me divertindo com topfives. Vai aí o da minha maior musa no cinema, paradigma de beleza.

5. Diabolique - e ainda por cima o filme é legal!
4. Cassino - filme espetacular, em que ela simplesmente mostra seu cacife de gostosa desnorteando ninguém menos que De Niro;
3. O Especialista - tá, tem o Stalonne, mas...... ela está FANTÁSTICA;
2. Instinto Selvagem - esse não preciso comentar, né?
1. Invasão de Privacidade - com cabelo curtinho, no auge do seu visual, sexy, sexy, sexy, quem se importa com o filme?


No próximo
- Vou falar da contribuição do grunge para a música, resposta aos comentários inaceitáveis que andam por aqui. Além disso, vou dar uma pitada sobre os filmes que ainda não vi, Colateral e Olga, sem, claro, deixar de BOMBARDEAR o horrível A Vila, que tive o desprazer de ver nesse final de semana.
Por hoje é só (?), folks!


PS: O jornalismo é uma atividade sem limites?




Trilha sonora do post: Pavement, "Stereo".