Mox in the Sky with Diamonds

segunda-feira, setembro 13, 2004

Posts muito longos!
- Sou obrigado a concordar que os meus últimos posts andam longos demais. Vou dar uma encolhida. É muita compulsão.

E lá vai
Bom, vou elencar DEZ contribuições do grunge para a música:
1 - Acabou com o visual glam, que matava a essência do rock n' roll e vinha perdendo a noção, transformando o rock em farofa (imaginem: "hair metal".... "hair metal"!);
2 - Acabou com a idéia de que o bom artista tem que ser queer: vejam o caso de Morrissey, David Bowie, Rob Smith, Freddie Mercury e outros;
3 - Recuperou a sonoridade do rock dos anos 70, com fortes influências de bandas como o Led Zeppelin, por exemplo, arranjos simples de guitarra e boas canções;
4 - Teve no seu bojo três dos vinte melhores discos dos anos 90 - Nevermind, do Nirvana, Ten, do Pearl Jam e Superunknown, do Soundgarden;
5 - Nevermind foi o melhor disco da década, pois dividiu águas no rock, sendo a razão da existência (digo: do sucesso) de bandas geniais como Oasis, Smashing Pumpkins, Strokes e White Stripes;
6 - Nevermind, além disso, trouxe para o grande público todo som indie americano, o que já se percebia em Bleach, mas ali ficou evidente;
7 - Nevermind, por fim, recuperou o som anos 80 mais independente, mais cru, bebendo no punk a sua essência de retorno ao rock simples (o punk foi um contraponto ao rock progressivo), tornando-se uma evolução do já excelente Doolittle, dos Pixies;
8 - O movimento trouxe à tona o melhor vocalista da década, Eddie Vedder, cantor de sensibilidade tocante, interpretação forte e forte acento político;
9 - Pode-se considerar o grunge o momento mais hegemônico do rock americano, que sempre apanhou do britrock, mas naquela época Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden e outros davam pau em bandas inglesas como Suede e Supergrass;
10 - O Nirvana fez o melhor Unplugged de todos os tempos.


Poderia arrolar mais, mas.... ah, deixa assim.


Meus dois novos vícios
- Fiquei viciado em dois CDs depois de baixá-los e passar para mídia: Final Straw, disco muuuuuuuuito bom do Snow Patrol, que muitas vezes lembra o new acoustic mas vai muito além da mera cópia de Travis e Coldplay; e Fever to tell, dos Yeah Yeah Yeahs, disco da banda americana indie-punk-histérica, com musiquinhas barulhentas e toscas (tentem "Black tongue"), mas bem grudentas. M-a-r-a-v-i-l-h-a.
- Ah, pra não deixar lacuna: também venho gostando muitíssimo do disco da Katia B. Ousado, sensível, de bom gosto.


A Vila?
- Não, não vou comentar sobre "A Vila".... muito estressante....


E....
- O Kerry vai mal....
- A Martha vai mal...
- O Grêmio vai mal...
- Até o Madrid vai mais ou menos....

Ô vidinha cruel.


Bom pra beber

5 - Coca light com gelo - para ficar jogando Championship Manager pelas madrugadas e não querer dormir nunca;

4 - Qualquer coisa com muito álcool e que pegue rápido - para carnavais, festas de fubangagem, enfim, aquelas circunstâncias em que se chega beijando;

3 - Tequila - pra acelerar o processo, de preferência prata;

2 - Cerveja - garrafas, latas, long necks, enfim, qualquer coisa na maior quantidade possível. Tempo? Calor, frio, qualquer coisa... Uma cevinha sempre desce bem;

1. Johnny Red on the rocks - eu sei que não é "grã-fino", mas é o bom e básico: aquecedor, pilhador, surtador, delicioso.


Tá, tá, tá, eu já tô acabando. Com licença, que eu vou pegar uma bebida.



Trilha sonora do post: The Breeders, "Glorious".