Lost in Translation
- Pois é, pessoal. Não sei se foi a alta expectativa criada, se eu tenho mau gosto, se estava num dia ruim, etc. Sei lá, o fato é que não achei tudo isso o filme da ilustre Sofia Coppola. Sim, é verdade que ele dá um horizonte interessante das diferenças ocidente-oriente, que apanha com muita sensibilidade a atração entre um homem mais velho e uma mulher mais jovem, que por vezes é cômico na diversidade lingüística, que tem um final interessante, fora do clichê. Mas, além de tudo isso, senti-o um pouco arrastado para o meu gosto, um pouco lento demais e, às vezes, gostaria de ter entrado mais fundo nos personagens - especialmente na garota. De um modo geral, um bom filme.
Peixe Grande
Talvez eu simplesmente não estivesse num bom fim-de-semana. Digo isso porque já li resenhas de pessoas de ótimo gosto falando bem dos dois filmes. Mas Peixe Grande não foi emocionante, não me contagiou, nem mesmo pela atração ao pitoresco. O que mais me decepcionou foi a indecisão de Tim Burton em definir se os fatos eram reais ou não. Ele quis fazer um meio termo, especialmente nas cenas finais, mas isso transformou a metáfora em mentira, o simbólico em falso, e por isso desmereceu seu personagem.
O que anda na vitrola
- Bom, depois desse festival de mau humor, vamos às novidades: ouvindo ainda Doves, mas uma banda da linha new acoustic; a histeria do Yeah Yeah Yeahs, rock'n'roll and nothing else but this; Talkie Walkie, o novo do Air, repleto de sonoridades diferentes e interessantes, às vezes aconchegantes, às vezes simplesmente viajantes; muitos b-sides do Radiohead (inclusive uma demo de There There, sensacional!), graças ao SLSK; Razorlight, mais uma pequena banda de Londres que toca um rockão, com um primeiro single bem legal - Goldentouch; andei ouvindo bastante também o "Best of" do Blur (uma banda meio inconsistente e, por isso, boa de coletânea). Para o próximo post, ouvindo Elastica depois de muito tempo, Snow Patrol, Libertines, Hives e o novo do Sonic Youth. Humm, brasileiro para o próximo também o Marcelo D2 e a Kátia B.
- Um disquinho que eu recomendaria a todos vocês é a ótima trilha sonora do obrigatório Trainspotting. Oh, trilha boa essa! Com clássicos ingleses de todos os tipos: Iggy Pop (na ótima Love is Lust, que "inspirou" o Jet), Blur, Elastica, Damon Albarn, Pulp, Primal Scream, New Order, Underworld. Faltou só, dos subúrbios ingleses, o Oasis.
Linhas do Orkut, bruscas alterações climáticas e rinite
- Mas como anda ruim o tal do Orkut ultimamente. Todas as vezes que tento acessar dá merda no servidor. Aprendi onde me divertir por lá: nos fóruns, onde os papos são bem parecidos com os que rolam nos blogs, especialmente na "Britrock community".
- Bruscas alterações climáticas, quando você sai um dia de mangas curtas e no outro tem que usar manta, cigarros e álcool deixam você inequivocamente ranhento, chato e paradão. Gripe com rinite, combinação dos infernos.
- Sem dúvida que não deveríamos estar preenchendo esse tipo de cadastro e catalogando nossas vidas. Estamos loucos!
Paradoxo
- Como bem perguntou meu amigo Mariano, será que a cerimônia mais esperada da nossa vida é o nosso enterro?
Adendos
- Sobre o "Planeta dos Macacos", era só curiosidade mesmo.
- Não sou o cara mais otimista do mundo, mas dessa vez o Grêmio não vai desandar na maionese. Nem o Brasil.
- Primoroso o comentário do LAP no post anterior quando disse que a principal voz contra o Bush talvez seja um caipira texano (hoje, colecionando paradoxos). Exatamente. Michael Moore não é e nem nunca será um Chomsky do cinema.
Hoje está curtinho, daí vocês não podem falar "que post imenso" nos comentários.
Trilha sonora do post: Doves, "Caught by the river".
- Pois é, pessoal. Não sei se foi a alta expectativa criada, se eu tenho mau gosto, se estava num dia ruim, etc. Sei lá, o fato é que não achei tudo isso o filme da ilustre Sofia Coppola. Sim, é verdade que ele dá um horizonte interessante das diferenças ocidente-oriente, que apanha com muita sensibilidade a atração entre um homem mais velho e uma mulher mais jovem, que por vezes é cômico na diversidade lingüística, que tem um final interessante, fora do clichê. Mas, além de tudo isso, senti-o um pouco arrastado para o meu gosto, um pouco lento demais e, às vezes, gostaria de ter entrado mais fundo nos personagens - especialmente na garota. De um modo geral, um bom filme.
Peixe Grande
Talvez eu simplesmente não estivesse num bom fim-de-semana. Digo isso porque já li resenhas de pessoas de ótimo gosto falando bem dos dois filmes. Mas Peixe Grande não foi emocionante, não me contagiou, nem mesmo pela atração ao pitoresco. O que mais me decepcionou foi a indecisão de Tim Burton em definir se os fatos eram reais ou não. Ele quis fazer um meio termo, especialmente nas cenas finais, mas isso transformou a metáfora em mentira, o simbólico em falso, e por isso desmereceu seu personagem.
O que anda na vitrola
- Bom, depois desse festival de mau humor, vamos às novidades: ouvindo ainda Doves, mas uma banda da linha new acoustic; a histeria do Yeah Yeah Yeahs, rock'n'roll and nothing else but this; Talkie Walkie, o novo do Air, repleto de sonoridades diferentes e interessantes, às vezes aconchegantes, às vezes simplesmente viajantes; muitos b-sides do Radiohead (inclusive uma demo de There There, sensacional!), graças ao SLSK; Razorlight, mais uma pequena banda de Londres que toca um rockão, com um primeiro single bem legal - Goldentouch; andei ouvindo bastante também o "Best of" do Blur (uma banda meio inconsistente e, por isso, boa de coletânea). Para o próximo post, ouvindo Elastica depois de muito tempo, Snow Patrol, Libertines, Hives e o novo do Sonic Youth. Humm, brasileiro para o próximo também o Marcelo D2 e a Kátia B.
- Um disquinho que eu recomendaria a todos vocês é a ótima trilha sonora do obrigatório Trainspotting. Oh, trilha boa essa! Com clássicos ingleses de todos os tipos: Iggy Pop (na ótima Love is Lust, que "inspirou" o Jet), Blur, Elastica, Damon Albarn, Pulp, Primal Scream, New Order, Underworld. Faltou só, dos subúrbios ingleses, o Oasis.
Linhas do Orkut, bruscas alterações climáticas e rinite
- Mas como anda ruim o tal do Orkut ultimamente. Todas as vezes que tento acessar dá merda no servidor. Aprendi onde me divertir por lá: nos fóruns, onde os papos são bem parecidos com os que rolam nos blogs, especialmente na "Britrock community".
- Bruscas alterações climáticas, quando você sai um dia de mangas curtas e no outro tem que usar manta, cigarros e álcool deixam você inequivocamente ranhento, chato e paradão. Gripe com rinite, combinação dos infernos.
- Sem dúvida que não deveríamos estar preenchendo esse tipo de cadastro e catalogando nossas vidas. Estamos loucos!
Paradoxo
- Como bem perguntou meu amigo Mariano, será que a cerimônia mais esperada da nossa vida é o nosso enterro?
Adendos
- Sobre o "Planeta dos Macacos", era só curiosidade mesmo.
- Não sou o cara mais otimista do mundo, mas dessa vez o Grêmio não vai desandar na maionese. Nem o Brasil.
- Primoroso o comentário do LAP no post anterior quando disse que a principal voz contra o Bush talvez seja um caipira texano (hoje, colecionando paradoxos). Exatamente. Michael Moore não é e nem nunca será um Chomsky do cinema.
Hoje está curtinho, daí vocês não podem falar "que post imenso" nos comentários.
Trilha sonora do post: Doves, "Caught by the river".