Mox in the Sky with Diamonds

terça-feira, julho 27, 2004

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
Fui ver e gostei. É um filme bem montado, criativo, coerente, inovador. O que mais chama a atenção em Kaufmann não é a sua profundidade ou a capacidade de trazer grandes temas aos filmes, mas sim a sua marca pessoal, seu estilo inconfundível, sua maneira de colocar quadros dentro de quadros, de explorar idéias malucas aleatórias e manipulá-las com destreza. Foi assim em "Quero ser John Malkovich", o roteirista foi um titereiro da idéia louca de "entrar no outro". E foi assim em "Adaptação", quadro sobre quadro empilhados, até construirmos que o roteiro é sobre ele mesmo escrevendo o roteiro, uma espécie de metalinguagem maluca e obsessiva da sua própria idéia.

Kaufmann é Kaufmann, talvez por isso seja bem diferente do resto de Hollywood.

Mais um da série "todo mundo já viu" -  As Invasões Bárbaras
- Aqui o caso é outro. É um filme que instiga a reflexão. Não só pela pequena ciscada antropológica (que deu nome ao filme) sobre a queda das Torres, mas por invocar o próprio papel dos intelectuais, o reflexo da libertação sexual, as drogas, as relações humanas. Mas, de qualquer forma, o protagonista do filme está aqui, ao nosso lado, pertence a todos nós, hoje ou futuramente: a morte.
- No final, o autor ainda belisca a questão da eutanásia.
- Não, não vi "O Declínio do Império Americano". Ainda não.   

Uma passada na Livraria e.... o irresistível
- Tudo bem, já tinha terminado "A Boa-Fé no Direito Privado", livro pesado, técnico, duro, precisava mesmo comprar outros livros. Evidentemente que não me agüentaria, ainda que estivesse apenas fazendo hora o início do filme.
- E lá foram: "Filosofia no Tempo de Terror", entrevista com dois dos mais importantes filósofos vivos - Jürgen Habermas e Jacques Derrida - sobre o papel da filosofia em relação a queda das Torres Gêmeas.

- Também os mais leves: "Refabulando Esopo", do inteligentíssimo Donaldo Schüler, uma cabeça única aqui no RS. Donaldo é uma das boas cabeças da província, como um Prof. Ostermann, um Luis Fernando Veríssimo. E adoro as fábulas do Esopo. Além desse, "High Fidelity", o já clássico livro de Hornby, que dispensa comentários.
  
JEEP - um disco clássico 

- Desde a primeira vez que ouvi os vocais de Kelly Jones, já sabia que iria gostar da banda. Faz parte dos "clube dos roucos do vocal" - Rod Stewart, Liam Gallagher e tantos outros. Just Enough Education to Perform é o melhor disco deles. O álbum começa com " Vegas Two Times", um rockão com guitarras marteladas e o vocal roucão a todo volume; passa por "Lying in the sun", ótima balada, dedilhada, vocal choroso, ritmo pegajoso; "Mr. Writter" é a minha favorita, tem uma batida constante, um vocal melódico, um refrão ótimo; "Step on my old size nines" também é ótima, clima desplugado, gaitinha de boca, levada country rock;  "Have a Nice Day" é a próxima, e tem ótimos backing vocals; "Nice to be out" e "Watch them fly sundays" seguem o mesmo ritmo, simplicidade instrumental e baking vocals competentes; "Everyday I think of money" é um dos pontos altos do vocal, com as guitarras bem discretas deixando Kelly interpretar; "Maybe" e "Caravan Holiday" são a seqüência, mantendo o mesmo estilo; "Rooftop" traz um pouco de efeitos, batida rock um pouco mais pesada.
- Stereophonics é rock'n'roll, sem dúvida, bem menos indie que os Strokes ou os Stripes, mas cru como eles, com uma levada um pouco mais country. O disco todo segue esse linha de instrumental clássico, muita guitarra dedilhada, vocal rasgadíssimo e clima tranqüilo oscilando entre o country e o rock. Bom álbum.

Sobre saúde e neurose
- Nada contra quem come salada, controla o colesterol ou não come sobremesa todos os dias. O que me aterroriza é a neurose coletiva que vivemos na nossa sociedade em torno do tema "saúde". Essa neurose tem dois eixos: primeiro, diagnosticar todos os males sociais como "doença", por exemplo, o consumismo, o mau humor, etc.; segundo, evitar o uso de toda e qualquer substância que abrevie a vida.
- Em relação ao primeiro, não creio que esses fenômenos sociais possam ser "doenças". A medicalização é um mal em si, o uso de remédios e outras substâncias não é um fato natural. Estamos vivendo numa sociedade viciada, o consumo de drogas ilícitas é bem menor do que o das drogas lícitas. Em suma, somos todos drogados.
- O segundo é o pior. Me pergunto: pra quê viver até os cem anos se não posso tomar um trago, fumar um cigarro, comer um churrasco? Nosso medo da morte é razão de uma histeria coletiva: passamos a não nos importar mais com a qualidade da vida, apenas com a sua quantidade. Não, eu vivo até 60, 70, 80 anos, mas fiz tudo que quis. Outros não tomaram leite ou comeram fritas porque descobriram que tiraria algo dos seus 120 anos de monotonia.

E o Brasil....
- Foi emocionante, embora estivesse bêbado, ver o golaço de Adriano. Num balanço precário, ninguém foi mal, mas ganhariam vaga: Júlio César (seguro), Juan (muito bem, combativo, bem posicionado), Luisão (esteve bem), Alex (é um grande jogador) e Adriano (matador). Luis Fabiano, G. Nery, Edu, Maicon, Mancini, Diego e outros ficaram na mesma. E Kleberson e Renato subiram um pouco. No meu conceito, claro.
- Depois rolou o DVD do Coldplay e eu.... só queria dormir, mas ninguém sai quando rola uma seqüência do nível: "Yellow", "The Scientist", "Clocks", "In my Place".
- Por sinal, o Plein, técnico do Grêmio, podia aprender algo com o Parreira: a repetição e uma idéia tática bem definida faz um bom time.   


 

Última Besteirinha
- Ah, consegui um toque "polifônico" no celular de 12:51!!! Igualzinho! Foi 3 reais, mas já valeu isso e a compra do celular novo.  

Estou tentando escrever todas as terças, pelo menos.

 

Trilha sonora do post: Ryan Adams, "Eazy Hearts".  

terça-feira, julho 20, 2004

O Processo
Claro que o livro é muito melhor, mas o filme inglês, com participação do mestre Anthony Hopkins, dá uma boa idéia da obra em que o Sr. Josef K. é submetido a torturante processo sem saber a acusação. Triste. Amargurante. Sufocante.
 
Shrek 02
Finalmente fui ver. É uma boa comédia. Com lances engraçadíssimos, como o Gato de Botas, a prisão e o "abuso policial" (me matei de rir nessa hora), o burro continua ótimo e o lance típico: colocar personagens tradicionais (Pinóquio, Lobo Mau, Três Porquinhos) em situações quase modernas, com trilha sonora moderna e cenário antigo. Fica uma confusão mental engraçada.
 
Uma beleza
- Depois do almoço, uma lasanha preparada pela irmã, sentar ao lado da mulher e puder escutar, com direito a narração do meu pai, o DVD do The Who com convidados singelamente adorados por mim como Eddie Vedder, Noel Gallagher e Kelly Jones. Aliás, sem querer ser redundante, mas o Eddie canta muito. Ao lado dos velhacos que dão saudade, detonando "Substitute", "See Me Feel Me", "My Generation" e várias outras, inclusive a boa "Behind Blue Eyes", recentemente detonada pelo Limp Biskit (bandinha que não tem nem comparação com o Linkin Park, não tentem equiparar! Linkin é legalzinho, Limp dá dor-de-barriga, hehehe).   
 
Também é legal
Sair nessas noites de música eletrônica em que, por mais que você beba, nunca será o "estriquinado" na festa. Ou seja, tá tudo liberado. Fora a circunstância engraçada de você ficar tentando convencer sua mina que beijar mulher é bom, com segundas, terceiras e quartas intenções. Ficamos lá no tunt-tunt-tunt-tunt.  
 
Oasis - Heathen Chemistry
- Um álbum com incríveis méritos, mas pouco valorizado. Principalmente depois da pisada na bola que foi o "Standing on the Shoulder of Giants". O disco consegue conciliar uma identidade que Oasis que abrange: a) a sonoridade pure rock'n'roll do disco Definitely Maybe, o triunfal debut da banda, que lançou os vocais rasgados do Liam, as guitarras "supersônicas", agudíssimas e dilacerantes, a bateria pesada sem ser metal (assim: Hindu Times, Hung in a Bad Place, All in my Mind e Born on a differente cloud); b) o estilo Morning Glory, seguido em Be Here Now, com canções pop, baladas, muitos backing vocals ao estilo Beatle, refrões suculentos e pegajosos, ao estilo "hino" (Stop crying your heart out, Little By Little, Force of Nature, She is Love); e c) os novos elementos, canções compostas por outros integrantes, um tempero espetacular se pensarmos que Songbird, um violão-voz perfeito, vem do Liam. As composições dos outros deram uma arejada e variada no estilo, abrindo uma nova avenida para o Oasis caminhar (elas são: Songbird, Hung in a bad place, Quick Peepe, Born on a different cloud e a "escondida" Better Man)
- Tenho que admitir para, para mim, "soar" como Definitely Maybe já é um elogio fantástico (viu, Mariano, até "FANTÁSTICO" usei!... é muita influência... hehehe).
- Heathen sintetiza um Oasis maduro e passado por diversas fases, da mesma forma que Hail to to Thief sintetiza as diversas fases do Radiohead. Ainda que não sejam melhores que trabalhos anteriores, como Ok Computer, Morning Glory, Kid A, The Bends ou Definitely Maybe, são ótimas sínteses e retomadas mais "maduras" de "pegadas" anteriores das bandas.
 
O novo do Prodigy
- Fazer um "review", nem morto. Só ouvi uma vez. Tem uma batida bem techno, como os outros, mas os comentários ficam para o próximo post.
- Ah, mudando de assunto: o Mombojó. Não ouvi também com o devido cuidado, mas soou como Los Hermanos sim, algumas vezes, especialmente no vocal preguiçoso. Mas, com certeza, tem muito de "Radiohead Samba Nordestino". Muito lôco. Na primeira ouvida, gostei.
 
Receituário para o Grêmio sair da crise:
a - renúncia do Presidente Flávio Obino;
b - contratação de dois laterais, um ou dois meias de ataque e um atacante;
c - sugestões de atacantes bons lá no exterior: Marcelinho Paraíba, que ainda está no Hertha, Magno Alves e Roni, os dois ex-Fluminense, e Nadson, ex-Vitória, que estão no futebol asiático. Até o Dodô servia. Lateral bom: Fabiano (esquerdo), ex-Atlético-PR e São Paulo, e Arce (direito). Dois meias, não precisam ser "armadores" (artigos de luxo raríssimos hoje em dia), basta que cheguem ao ataque, por exemplo, Michel, ex-Juventude, Léo Lima (ex-Vasco, na Rússia), Yarlei, do Boca, ou Tinga, que ainda não se adaptou em Portugal. Tentar o Elton na função de meia ou de segundo atacante também é válido; 
d - Ainda acho que três zagueiros, com George e Michel Bastos nas alas, é melhor do que recuar os laterais (com o tímido Michel pela direita) e colocar quatro volantes no meio. Colocaria Baloy, Claudiomiro e Bilica; Cocito, Felipe Melo e Elton; Marcelinho ou Pittbull e Christian. Se acham muito faceiro, então tirava o segundo atacante, avançava o Elton e colocava o Leanderson ou Luciano Santos. Mas teria que insistir mais nas jogadas pelos lados.
e - treinar jogadas básicas, como escanteio (temos zagueiros altos e centroavante), jogadas de linha de fundo, contra-ataques e levantamentos de longa distância. Assim se faz muitos gols, a Grécia que o diga (lembram da era Felipão?);
f - ganhar todas em casa. Transformar o Olímpico em alçapão. Essa é a nossa parte, da torcida.
Solução nós temos. Mas primeiro o Obino tem que renunciar.

 
 
E quanto a mim
Permaneço numa certa fase de indefinição profissional. Que coisa ruim foi o fato de acabar a Faculdade nessas alturas.... Depois de alguns anos estudando, passei a curtir a vida "loucamente" nos últimos anos. Fiz tudo que queria. Quando comecei a namorar, sempre me declarei um solteiro satisfeito. De saco cheio dessas festas e loucuras. Das fases "Just for One Night" (literalmente) e dos "Rolos de Fumaça" (relações que não engrenam e se mantêm pela carência ou apetite de ambos). Mesmo assim, não consigo abdicar de uma cervejinha e uma curtição. Enfim, enchi o saco dessa pentelhice. Acho que estudei cedo demais...
 
A propósito
O Contardo Calligaris, cronista mais inteligente da imprensa paulista, disse, a meu ver, que o ponto do filme Cazuza, que eu não vi e nem pretendo tão cedo, é "viver mil anos a dez ou dez anos a mil", no que eu concordo com ele. No próximo post, vou falar sobre os anti-tabagistas, vegetarianos e outros defensores da "saúde". E também sobre o Stereophonics. A propósito, apareçam com mais freqüência. Os comentários são indispensáveis.
 
That's all, fellows!   
 
 
 
Trilha sonora do post: Prodigy, "Pheonix" (uhhh, Prodigy fazendo remix de "Love Buzz", do Nirvana - minha música preferida do Bleach....). 
 

quinta-feira, julho 15, 2004

Eleição nos EUA

- Nunca um candidato precisou de tão pouco para convencer quanto Kerry. O anti-Bush, hoje em dia, é um dos discursos mais populares do mundo. Há pouco via notícias de coletâneas anti-Bush (Foo Fighters, No Doubt, p. ex., estavam nessa), de doações de David Grohl para a campanha Kerry, de que Michael Moore ficava esperando os espectadores na saída do cinema de Fahrenheit 9/11 para pedir que não votassem em Bush. Basta que Kerry seja quem é ? oposição a Bush ? para conseguir grande parcela dos votos.
- Fiquei desapontado, entretanto, pelo fato de os democratas terem escolhido um candidato com o perfil "democrata conservador", e não um liberal típico. Precisávamos de alguém que fosse a favor das cotas, do aborto, contra a guerra do Iraque, a pena de morte, que lutasse pelos direitos das minorias. Kerry adota um discurso "conciliador", na verdade omisso em relação a questões que pulam por lá, como agora pouco o casamento dos homossexuais.

Martelando
Eu martelo a favor porque a imprensa martela contra. Vão aí então:
- Inserção de 1 milhão no mercado formal de trabalho;
- Injeção de 7 bilhões na agricultura familiar;
- Crescimento do PIB;
- Inflação controlada;
- Exportações batendo recorde todos os meses;
- Produção industrial recorde;
- Tratativas com mercados alternativos (China, Rússia, Oriente Médio, África).
Talvez isso leve algumas pessoas à reflexão: será que era Palocci o ortodoxo ou ortodoxo é o pessoal da ala radical que não admite outras soluções que não sejam as suas? (isso, por exemplo, com Chico Alencar ou Paul Singer). O fato é que temos resultados, embora tenha um monte de gente secando.
Aliás, não tivemos resultados assim em 08 anos de FHC.

Passou o dia do rock
São muitos os que poderia homenagear. Dos antigos - Elvis, Dylan, Hendrix, Clapton -, passando por alguns - Townshend, Jimmy Page, Eddie Vedder, Bono -, até chegar até Chris Martin, Casablanca ou Jack White. Mas vou ficar nos três fantásticos: John Lennon, Kurt Cobain e Thom Yorke.


Torpedo indie    
- Já que coloquei numa tracklist, tenho que fazer uma breve menção ao The Breeders, banda de Kim Deal, ex-Pixies. A barulhão que elas fazem, com vocais anti-comerciais, variação de estilo, guitarreira, torna elas um clássico dos primeiros sons indies que curti na vida - Last Splash foi para mim um Is this it na época.

- Aliás, vou escrever nos próximos posts sobre mais dois discos não suficientemente reconhecidos: Heathen Chemistry, do Oasis, e Just Enough Education to Perform, do Stereophonics.  

Pavor
O incêndio em pleno centro de Madrid colocou os residentes em pânico. Trata-se de uma população "à beira de um ataque de nervos". Por uma guerra que não começou, que não tinha nada a ver, que não concordava, que foi colocada forçadamente por um governante imbecil - sofrendo  um ataque mortal no seu coração.

Vai vazar
Sumiu um CD com o "novo disco do U2". Certamente alguém da gravadora roubou e vai colocar na Net. Isso já ocorreu com Strokes, Radiohead, Oasis e outros. Como eu não sou de ferro, daqui a pouco vou lá pro SLSK tentar.

Algumas coisas explicam algumas coisas
- Num país em 59% da população não sabe o que é democracia, é comum que depositem num Presidente vindo do povo a esperança messiânica. Mas as coisas não funcionam assim. Aliás, 54% aceitaria um regime autoritário se ele resolvesse os problemas econômicos. Ainda não aprendemos a prezar nossa liberdade.
- Hitler, de certa forma, resolveu os problemas econômicos da Alemanha.
-  Também é estranho que uma instituição em vias de putrefação como a Igreja Católica seja considerada a mais confiável - 71%. E a televisão (!) em segundo.  
PS: Se eu pego esse pessoal, era pelo pescoço..... hehehe


Novela não, mas Yu Yu Hakusho sim
- É meio clichê dizer isso, talvez seja essa a razão, mas de fato não vejo novelas. Entendi o final porque fui "atualizado" na última semana de todo imenso conteúdo dela... hehe
- Já Yu Yu Hakusho, um anime que eu adorava há um tempo, passei a voltar a ver. Émuito bom. Na verdade, não conseguia encontrar qual era o seu defeito, até prestar bem atenção. Os vilões são muito ruins, mal-feitos, sem criatividade ou conteúdo. Para que o autor concentrou todas as forçaas em colocar heróis fodíssimos e esqueceu do resto.
- Ainda gosto dessas coisas, animes e comics.  
 

Pra dizer tchau
Não consigo, de jeito nenhum, gostar do tal do Darkness. Não só porque é glam rock (o que é um demérito terrível para mim), mas acho horrí­vel o som: parece uma cópia do Iron Maiden com vocais do Firehouse. Argh.   

 

Trilha sonora do post: The Breeders, "Do you Love Now".

(explicação: ocorreu uma pane e tive que reescrever parcela do post.)

segunda-feira, julho 12, 2004

Autocrítica
- Não sei, mas tenho impressão de que ando meio repetitivo e talvez até enfadonho. Sinto que meu blog já não tem o mesmo "punch" de outros tempos. Uma pouquinho de autocrítica sempre faz bem. Vou tirar essa semana para refletir sobre o quê eu posso melhorar.
- Os assuntos são os meus preferidos: cinema, música, política, filosofia, futebol, enfim, essas coisas. Talvez esteja muito limitado. Vou ver se melhoro.
Outras coisas que podem melhorar
- Meu nível de leituras baixou absurdamente. Embora esteja bem informado, em dias com os jornais (ZH, Correio, Folha), sites de música e cinema, blogs e grupos de discussão, ando me dedicando muito pouco a devorar livros, como fazia antes. De literatura, não me lembro o último. E olha que eu li muitos, muitos mesmo, clássicos na adolescência. De Goethe a Henry Miller, de Eça de Queiroz a Sartre, de Balzac a Kazantizakis. Lia por empolgação, prazer. Adorava. Hoje, é difícil...
- Também adorava poesia. Hoje sou meio desiludido.
- Tenho que começar também a ter coragem para botar meus projetos em prática. É complicado explicar que não pretendo, pelo menos por enquanto, seguir as vias normais: fazer um cursinho (ou cursão), um concurso e seguir uma carreira de burocrata (grande ou pequeno). Estou sem coragem para assumir minhas escolhas.
- Meu trabalho é uma merda. Sabem uma MERDA? Uma merda. Estou nele "só" porque paga bem. Pelo menos tenho uma boa perspectiva de mudança para o fim do ano.
- Tem outras coisas que têm que mudar, mas vou ficando por aqui. Não gosto muito dessa história de "blog diário". Acho meio chato para quem lê.
Um tracklist bem rock
1. Placebo - Passive Aggressive;
2. Razorlight - Goldentouch;
3. Stereophonics - Lying in the sun;
4. The Breeders - Invisible Man;
5. Sonic Youth - 100%;
6. Incubus - Megalomaniac.
7. Mombojó - Cabidela.

Uma tracklist eletrônica
1. Lemmon Jelly - Ramblin' Man;
2. Massive Attack - Group Four;
3. Goldfrapp - Black Cherry;
4. Proppellerheads - Take California;
5. Benny Benassi - Satisfaction;
6. Tricky - Ponderosa;
7. DJ Patife/Seu Jorge - Cotidiano.

Boas Novas
- Na área dos CDS, o Garbage lança novo trabalho e já tem nome: Hands on a hard body. O U2 também está preparando disco novo, correm boatos de que seria Vertigo o nome.
- Na área dos DVDs, vêm aí o White Stripes e o Oasis deverá lançar um comemorativo dos dez anos de "Definitely Maybe". O Oasis também grava novo disco.
Dois filmes
- Vi Identidade, com John Cusak. Achei excelente. Não dá para comentar muito, senão correria o risco de virar spoiler, mas a trama é coerente e o final surpreendente. O filme te prende.
- Vi também, mas não gostei tanto, Revelações, com os fantásticos Nicole Kidman e Anthony Hopkins. Apesar do elenco, saí do filme com a sensação "I didn't get the point". Achei o roteirista um pouco perdido. Também achei que o papel não combinava com Nicole.
Sobre Crescimento e Desemprego
- São as estatísticas.... como diria El Chavo del 8.
- Outra curiosidade: escolhi Gilberto Braga como mala não tanto pela novela em si, mas sim pelo fato de não ter se livrado do clichê do "assassinato". E o final foi dos piores. Ninguém gostou.

Por hoje, é só. Volto daqui a pouco.


Trilha sonora do post: Jesus and Mary Chain, "The Living End".

segunda-feira, julho 05, 2004

"Pequena" Retrospectiva do Semestre

Topten discos recentes (2003/2004) mais ouvidos:

10. John Mayer, "Heavier Things";
09. Franz Ferdinand, "Fraz Ferdinand";
08. Jet, "Get Born";
07. Los Hermanos, "Ventura";
06. Muse, "Absolution";
05. Keane, "Hopes and Fears";
04. Coldplay, "Live 2003";
03. The Strokes, "Room on Fire";
02. Radiohead, "Hail to the Thief";
01. The White Stripes, "Elephant".

Topten discos clássicos mais ouvidos:

10. Pixies, "Doolittle";
09. Primal Scream, "Evil Heat";
08. Travis, "Good Feeling";
07. Los Hermanos, "Bloco do Eu Sozinho";
06. Radiohead, "Kid A";
05. The Verve, "Urban Hymns";
04. Gilberto Gil, "Unplugged";
03. Oasis, "Definitely Maybe";
02. Beatles, "Abbey Road";
01. Radiohead, "Ok Computer" (fã é fã).


Artista revelação: Keane;
Melhor música - 2004: Bedshaped, by Keane.


Topten filmes que eu vi em 2004:

10. X-Men 02;
09. O Retorno do Rei;
08. Tróia;
07. O Ponto de Mutação;
06. Frida;
05. Diários de Motocicleta;
04. Cidade dos Sonhos;
03. Kill Bill vol. 01;
02. Fale com Ela;
01. Dogville.


Seleção do primeiro semestre:

01. Cañizares (Valência);
02. Paulo Ferreira (Porto);
03. Schiavi (Boca Juniors);
04. Nesta (Milan);
06. Wayne Bridge (Chelsea);
05. Davids (Barcelona);
08. Vieira (Arsenal);
11. Deco (Porto);
10. Ronaldinho (Barcelona);
07. Morientes (Mônaco);
09. Henry (Arsenal).

Melhor técnico: Luiz Felipe Scolari (Portugal).

Poderiam também ser o alemão Otto Rehagal (Grécia), Carlos Bianchi (Boca) ou José Mourinho (Porto).

Top8 lugares que visitei

08. Milão;
07. Nice;
06. Roma;
05. Florença;
04. Barcelona;
03. Londres;
02. Amsterdam;
01. Madrid.

05 Fatos Políticos Positivos

05. Desemprego começa a cair;
04. Crescimento começa a aparecer;
03. Conversação no sentido de criação de blocos econômicos internacionais entre países fora do eixo EUA-Europa;
02. Investimento na agricultura familiar;
01. Exportações nas alturas.

05 Fatos Políticos Negativos

05. Demora do Congresso em analisar projetos prioritários como a Lei de Falências, de Biossegurança, a PPP e as Agências Reguladoras e a palhaçada do PFL em relação ao mínimo;
04. Proibição dos bingos;
03. Resistência das potências em retirar subsídios agrícolas;
02. Imputação de culpa a José Dirceu por um fato que não cometeu (caso Waldomiro Diniz);
01. Erro na estratégia política do Governo em relação ao salário mínimo.

05 coisas que, além disso, gostaria que mudassem

05. A Legislação Processual, agilizando o processo judicial;
04. A estrutura dos Poderes, eliminando vários direitos que só se explicam como privilégios e lobbies (exemplos: 60 dias de férias para juízes e promotores; recesso parlamentar; convocação extraordinária);
03. A Legislação relativa ao Porte de Arma, com a aprovação da restrição total ao porte;
02. Aprovação da política de cotas;
01. A política criminal, com uma redução dos crimes, das penas e reformulação da estrutura penitenciária.

Hypes que eu não me empolguei

05. Morrissey, "You're the quarry";
04. A Paixão de Cristo;
03. Franz Ferdinand, "Franz Ferdinand";
02. O Retorno do Rei;
01. José Serra (antes pelo contrário).

Quem vai ser ou já está sendo hypado

05. Jet, "Are you gonna be my girl" (a música);
04. Keane, "Hopes and Fears";
03. PTB;
02. Ciro Gomes;
01. A continuação de Dogville.

Os pentelhos do semestre

05. Orkut;
04. Gilberto Braga;
03. O "Fama";
02. A Folha de SP;
01. Paulo Maluf.

Ah, faltou o blig.

O que dá pra ler no jornal

05. Rosane de Oliveira (Política - Zero Hora);
04. Lúcio Ribeiro (Música - Folha Ilustrada):
03. Contardo Calligaris (Variedades - Folha Ilustrada);
02. Juremir Machado da Silva (Variedades - Correio do Povo);
01. Ruy Carlos Ostermann (Futebol - Zero Hora).


Trilha sonora do post: Tori Amos, "Precious Things".